sábado, 27 de janeiro de 2018

Dúvida cruel: investir em empresas de dividendos ou aproveitar o bull market com empresas de crescimento e endividadas?

Caros leitores e colegas da Finansfera,


O tema de hoje é mais focado no mercado de ações.


Já falei anteriormente sobre uma grande dúvida que as pessoas tem em relação ao melhor método para se investir em ações: Análise Fundamentalista x Análise Técnica.


E hoje gostaria de falar a respeito de dois grupos que geralmente pensam de forma bem diferente.


O primeiro grupo é mais adepto de uma prática bem difundida nos Estados Unidos: investir em boas empresas, com alto índice de payout (distribuição de proventos: dividendos e juros sobre capital próprio), reinvestindo esse lucro distribuído pela empresa, na compra de mais ações, aumentando assim o "efeito bola de neve". Inclusive, dentre os colegas da Finansfera que investem em ações, acredito ser esse o modelo preferido.


Outro grupo é formado por aquelas pessoas que enxergam grandes oportunidades de aumento de patrimônio através da compra de ações de empresas que não distribuem proventos, ou distribuem muito pouco. A lógica aqui é ganhar dinheiro com um potencial aumento dos preços das ações.


Geralmente as empresas do primeiro grupo apresentam alto payout pelo fato de terem muito mais dinheiro em caixa do que necessitam para reinvestir no próprio negocio. Ou seja, são empresas consolidadas em seus setores, que não tem muito mais espaço para crescer, com fortes barreiras de entrada a novos concorrentes, de forma que o seu lucro é até certo ponto "garantido". 


Investindo nesse tipo de empresa, diminui-se também o risco, pois, principalmente no Brasil, algumas dessas empresas sentem menos os efeitos das crises. Um bom exemplo é o Banco Itaú. É só analisar os dados históricos de seus indicadores fundamentalistas para ver que mesmo nessa última crise o banco apresentou ROE altíssimo, ano após ano.


Como comentei anteriormente, nos últimos três meses andei vendendo uma boa quantia de ações (e agora esse dinheiro está parado) pois estava um pouco receoso com o fato de entrarmos em um ano de eleições com uma série de riscos não endereçados, principalmente reforma da previdência e o "Risco Lula".


Porém, como o segundo risco foi praticamente eliminado essa semana (acredito que as chances dele ser candidato foram quase eliminadas), resta somente a questão da reforma. Se ela será aprovada pelo Temer, não sei, mas acho improvável. Mas acho que com o Lula como carta fora do baralho, aumentam as chances de um candidato de centro ou mais à direita, mais alinhado com a agenda de reformas.


Alguns fatos recentes corroboram essa visão. Hoje li no O Globo, que praticamente nenhum partido quer se aliar ao PT para estas eleições, mesmo os tradicionais aliados, como PSOL ou PC do B. Eles deverão lançar candidatos próprios. E, sinceramente, alguém acredita que Ciro Gomes ou Guilherme Boulos tem alguma chance? E  PMDB e PSDB também deverão aproveitar da fragilidade dos mortadelas para tentar eleger seus próprios candidatos.


Acho inclusive que essa expectativa é um dos fatores que sustenta essa alta na Bolsa.


Mas outro importante fator que  está sustentando a alta na Bolsa é a economia mundial de forma geral. Com a altíssima liquidez promovida pelos Bancos Centrais pelo mundo, temos muito dinheiro disponível a juros muito baixos lá fora. Então, nos últimos meses muito dinheiro estrangeiro tem entrado em nossa Bolsa buscando rendimentos mais elevados que os juros pífios dos títulos emitidos pelos governos de países desenvolvidos.  E com a diminuição do "Risco-Lula", mais dinheiro vai entrar.


Então temos dois drivers que, juntos, podem levar nossa Bolsa a patamares ainda mais altos: o fluxo de dinheiro estrangeiro comprando ações aqui aliado à percepção de que o risco de um governo esquerdista / populista tomar o poder aqui novamente é muito baixo.


Mas o que isso tem a ver com a dúvida entre comprar empresas de dividendos x crescimento?


Simples, e vou explicar o porque vejo um potencial incrível de ganhar dinheiro com as empresas de crescimento.


Nossa economia já está com um nível de juros bem baixo. E com a retomada da economia em 2018 (vide dados de previsão de PIB e aumento da arrecadação federal, por exemplo) e a perspectiva de um governo reformista no futuro que venha endereçar a questão fiscal, a curva de juros futuros deve ficar ainda mais baixa.


Isso significa duas coisas:  (1) vai ficar muito mais difícil ganhar dinheiro na renda fixa (aliás, já está), forçando investidores a migrar parte do dinheiro para a Bolsa ou outras modalidades de maior retorno, e (2) as empresas terão acesso a dinheiro mais barato.


Mas é o segundo fator que muda o jogo. Muitas empresas que precisam financiar seu crescimento através de dívidas, terão o custo da dívida diminuído (as que já estão endividadas e as que precisam fazer dívida). E tem muitas empresas em Bolsa hoje que estão muito alavancadas (endividadas) com as cotações bem baixas em relação à suas máximas históricas.


Um dos setores, que andei vendo os gráficos de preços ontem, é o de empresas relacionadas a construção ou comercialização de imóveis.  Procurem pelos gráficos de HBOR3, CYRE3 ou BRPR3, por exemplo. Pretendo alocar uma parte de meus aportes em ações para uma carteira específica nesse setor. Seria uma espécie de ETF meu, com alto potencial de crescimento.


Outros setores que acredito que se beneficiarão com a queda e manutenção dos juros a níveis baixos, além da melhora da economia, são empresas de capital intensivo, como a RUMO (RAIL3) por exemplo, que precisa financiar a construção de ferrovias. Essa já invisto há bastante tempo e já apresenta valorização de mais de 100% ao longo de 2017.


Então voltando à questão original: investir em boas pagadoras de dividendos ou empresas de crescimento?


Na semana passada, usei parte daquele dinheiro parado que mencionei para comprar ações de BBSE3 e EZTC3. A primeira é um case clássico de boa pagadora de dividendos, com pouquíssima perspectiva de crescimento. A segunda, apesar de ser de construção, é ótima pagadora de dividendos pois tem muito dinheiro em caixa e não sei até onde a cotação pode aumentar. Optei aqui por segurança, pois comprei um dia antes do julgamento do Lula.


Agora pretendo investir em empresas um pouco mais arriscadas, que possam se beneficiar desse cenário que falei. Porém como tem mais risco, deverá ser uma fatia menor de minha carteira, em comparação com as pagadoras de dividendos.


E você? Como vê essa questão? Acha que vale à pena arriscar em empresas mais alavancadas para ganhar com o preço?


Abraço



























quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Você gosta de falar mal dos outros? Porque a fofoca pode arruinar sua carreira





Caros colegas,


Sigo aqui com mais um post com minhas reflexões sobre o mundo corporativo.


Hoje vou falar um pouco sobre um fenômeno que, certamente, afeta demais as empresas no Brasil: a tal da fofoca. O murmurar, difamar, maldizer...


Por que será que temos tantas palavras para isso? Será que é porque o brasileiro faz muito isso?


Seguem algumas definições que peguei no "pai dos burros", mais conhecido como Dicionário Aurélio:


fofoca s.f. Mexerico; dito cheio de maldade; disse me disse. Aquilo que se comenta em segredo sobre outra pessoa. Especulação; conversa...


fofocar v.i. Brasil. Informal. Contar alguma coisa com a intenção causar intrigas; mexericar: fofocou sobre a vizinha. Contar as...


Atualmente estou chegando perto do final de minha segunda década de carreira em grandes empresas no mundo corporativo. Não passei por muitas, porém tive a oportunidade de trabalhar em empresas de origem americana, asiática e, por fim, em uma empresa europeia, onde estou hoje em um cargo executivo.


Apesar de serem culturas completamente diferentes, todas sofriam com esse mesmo mal. Pessoas que gastam (boa) parte de seu tempo na empresa, tempo esse pago, diga-se de passagem, para prejudicar outras pessoas através do falar mal, da fofoca, de comentários depreciativos, e até da mentira.


Sinceramente, acho que esse é um problema muito acentuado no Brasileiro, visto que na matriz destas empresas, em seus países de origem, o comportamento era muito diferente. Não vou falar que não existia, mas a escala era muito menor.


Aliás, na empresa que estou hoje, os executivos estrangeiros que fazem parte da alta administração já chegaram a criticar abertamente em reuniões esse maldito hábito dos brasileiros, tanto que eles utilizam a palavra "fofoca" em português mesmo, quando estão falando em inglês.


Tenho minha teoria para tentar entender esse fenômeno...


Infelizmente, as empresas são locais onde passamos grande parte de nossas vidas, convivendo com o mesmo grupo de pessoas, e que, em geral, têm objetivos antagônicos.


Quando crescemos, a maior competição que temos na escola é consigo mesmo, na maior parte do tempo. Para garantir boas notas, basicamente o esforço está em nós mesmos. Não precisamos derrubar o colega do lado para tirar uma nota 9 ou 10.


Porém nas empresas, a competição assume características bem diferentes. Além de executar muito bem o seu trabalho, você deve ser visto por pessoas chave da organização como competente. E além da execução, muitas empresas dão até mais valor a seus comportamentos, ou seja, o "como você obtém seus resultados".


E para ser bem avaliado nesses dois aspectos (performance e comportamento) você ainda vai depender de uma boa exposição, uma boa propaganda, ser bem percebido e falado por quem interessa.


E vejo que é aí que a "galera do mal" começa a agir. Ou seja, para tentar obter uma melhor avaliação, esse pessoal vai tentar evitar que alguém seja bem percebido e falado por quem interessa.


É claro que existem pessoas que fazem fofoca ou falam mal por outros motivos. Acredito que tem muita gente que aprende em casa, traz isso para a empresa como um vício. Muitas vezes é gente com problemas de autoestima, com uma série de carências emocionais. E a maneira de obterem um prazer momentâneo é afirmar algo negativo sobre alguém, talvez isso as faça esquecer seus próprios defeitos.


Mas o tipo mais nocivo nas organizações, é aquele que faz fofoca de forma deliberada. Que planta mentiras, inventa histórias, tudo para prejudicar o outro.


Nesse caso, acredito que o melhor é ficar longe desse tipo de gente, manter distância. E, se não for possível, manter uma distância segura. Ou seja, se relacionar de forma estritamente profissional e não dar brechas para assuntos pessoais.


Você pode achar que esse assunto não é tão importante. Mas, acredite, isso pode acabar com o clima de trabalho de uma organização como um todo.


Na minha empresa atual, houve um caso onde o gerente de uma área chegou a pedir a cabeça de duas pessoas em um comitê gerencial, pois eram pessoas que inventavam histórias e difamavam outras , de tal maneira que o grupo todo rachou em duas facções.


Ele não conseguiu mandar as duas pessoas embora. Mas, com muito custo, conseguiu que fossem transferidos para outras áreas, e estas pessoas tiveram que recomeçar praticamente do zero.


Infelizmente, de certa forma ele alimentou esse ciclo vicioso, pois em determinada época ele chegou a dar exemplos negativos fazendo piadas depreciativas sobre outros gerentes em frente de sua equipe. Ao final, ele acabou cavando a própria cova.


Através da força do cargo, conseguiu se livrar dos dois mais problemáticos, mas hoje é visto na organização como alguém com baixo desempenho e potencial para gestão.  Acabou queimado.


A moral da história é que, no final, todo mundo que se meteu em falar mal do outro, se deu mal. Do chefe ao subordinado.


Então a lição é essa: pode demorar, mas isso nunca acaba bem.


Minha dica a você é: faça seu trabalho, mostre resultados, busque fazer sua propaganda de uma forma positiva, relacionando-se com boas pessoas que falarão bem de você.


Se alguém vier comentar com você de alguém, criticar, difamar,  faça de conta que não ouviu. Educadamente pergunte: você já disse isso à pessoa?


Sinceramente acredito que esse é um dos maiores males das organizações hoje e o que mais suga nossa energia. Se coisa boa não é, melhor ficar longe...


Abraços

























sábado, 20 de janeiro de 2018

A importância de destacar-se. Não aceite a mediocridade.

Fala pessoal, como estão?

Hoje gostaria de falar um pouco sobre a importância de não se aceitar a condição de ser medíocre, ou seja,  de estar na média, ser somente mais um, não se destacar em nada, principalmente se você tem uma carreira. 

Já comentei anteriormente que um grande hobby meu sempre foi a música, então gosto muito de ver  músicos excepcionais tocando. E hoje, vendo uns vídeos no YouTube, assisti a alguns gênios da guitarra tocando juntos: Steve Vai, Yngwie Malmsteen e Zakk Wylde. 

Se você não conhece e não gosta de rock, tudo bem. Só quero usar o exemplo dos três para falar sobre pessoas que chegaram a um nível extraordinário no que fazem. 

Ao ve-los tocar em um nivel que poucos mortais conseguem passei a refletir como admiramos pessoas que excedem os limites, que fazem algo excepcional. Tenho certeza que você já parou alguma vez para simplesmente admirar a habilidade de um artista, um atleta, ou qualquer pessoa que desempenhe algo de forma incrível. 

Porem para atingir a excelência esse gênios dedicaram muito tempo e energia. Nada vem de graça. Se você acha que vai tocar guitarra como eles através de vídeo aulas no YouTube, pode esquecer. 

No excelente livro "Outliers", do autor Malcolm Gladweel, ele mostra bem os caminhos que levam a excelência, ou maestria. De forma geral, existe a famosa regra das 10.000 horas, signi ficando que se você dedicar todo esse tempo a uma atividade pode chegar a um altíssimo nivel. 

Porém, devem ser 10.000 horas de pratica deliberada, ou seja, de forma consciente, com cada passo planejado.  Sempre avaliando o que pode ser melhorado. Muito diferente de pegar um violão e ficar tocando por horas a fio só por diversão. 

Isto vale para qualquer coisa, desde esportes até atividades intelectuais. 

Mas tenho que ressaltar o que acho o mais importante aqui: para atingir a excelência esses caras usaram muito bem o seu tempo. 

Assim como nós o dia deles sempre teve 24 horas. 

Então deixo aqui duas perguntas, que fiz a mim mesmo, após vê-los tocar:

Você está fazendo suas atividades em alto nível? Ou está se contentando com a mediocridade? 

Coloquei como meta pessoal esse ano ser reconhecido no trabalho como alguém que entrega em alto nível. No ano anterior já fui bem avaliado, mas vou tentar puxar a barra um pouco mais para cima. 

E, sinceramente, o que eu posso ganhar de bônus a mais não vai fazer tanta diferença na parte financeira pois a maior parte vira das economias mensais mesmo.

Porém, para atingir o nível que pretendo serei forçado a sair da zona de conforto em alguns pontos que nunca dei a devida atenção, como desenvolver mais habilidades políticas e me aproximar de pessoas no trabalho de quem eu não gosto. E tornar isso um hábito até que a pratica venha de forma natural.

E são habilidades importantes se eu quiser progredir ainda mais no mundo corporativo ou até para ter meu próprio negócio um dia.

Especialmente se você trabalha no mundo corporativo, não é tão difícil se posicionar acima da média.  A maioria das pessoas hoje faz mau uso do tempo e não luta muito para sair da zona de conforto.

Encontre as habilidades que precisa melhorar, defina metas para melhora-las, seja disciplinado e consistente para se monitorar e ver se está melhorando. Pedir o feedback de algumas pessoas em quem confia também ajuda muito.

Esses dias andei lendo sobre a maior falha das pessoas em definir metas. E a grande sacada que vi em alguns blogs gringos foi que as pessoas falham pois traçam metas com foco no resultado final. Exemplo: emagrecer 10 Kg até o final do ano.

Ao contrário, deveríamos traçar metas sobre o processo que levará a perder 10kg. Exemplo: três vezes por semana sair do trabalho direto para a academia. Assim fica mais fácil de controlar.

E realmente, fica mais fácil focar no processo além de ser mais motivante.

Por fim, não custa repetir: não vale a pena se contentar com a mediocridade. Tente pelo menos melhorar suas habilidades como pessoa. E use seu tempo de forma inteligente. Esses hábitos lhe ajudarão em qualquer área de sua vida.

Abraços















domingo, 14 de janeiro de 2018

Rally do Petróleo em 2018: PETRO vai bombar?

Salve soldados do milhão,

Estou de volta após três semanas de férias muito bem curtidas e uma semana de trabalho já bem corrida. 

Neste fim de semana ainda aproveitei para ir à praia novamente, seguindo firmemente minha crença: curtir a independência financeira deve ser bom mas curtir a vida enquanto ainda  se é jovem e com pique é muito melhor. Então sigo buscando o equilíbrio entre aportes/investimentos e aproveitar a vida também, principalmente através de viagens e contato com a natureza.

Hoje vou falar sobre um assunto que pouco se fala aqui na blogosfera, pelo menos que eu me lembre:
o preço do petróleo.

Andei lendo alguns artigos gringos, principalmente no site www.oilprice.com, e não sei se vocês notaram, mas o preço do barril de petróleo bateu a faixa dos US$60,00 após muito tempo.

E isso para a Petrobrás, e outras petroleiras, é muito bom.

Lembro que lá atrás, desde antes da crise de 2008, eu fazia trades com ações da Petrobrás. Foram os anos áureos de alta de preços das commodities, quando o "molusco salvador da pátria" alardeava ter tirado dezenas de milhões de brasileiros da pobreza ,quando na verdade ele só estava torrando o mar de dinheiro que o Brasil estava ganhando com petróleo e minério (ao invés de investir em um fundo soberano para garantir a riqueza futura da nação, como sabiamente fez a Noruega).

Na época era razoavelmente fácil ganhar uns bons trocados fazendo trade de Petro, até que veio a crise de 2008 e mais para a frente a derrocada nos preços do petróleo.

Mas o lance é que na época eu não imaginava como o preço do petróleo muda tudo. Eu conhecia muito pouco de Valuation e análise fundamentalista, era entusiasta de gráficos e análise técnica.

E após alguns anos entrando mais a fundo na análise dos fundamentos das empresas, aprendi que para empresas de commodities preço é tudo. Lógico que essa é uma afirmação simplista, mas o preço muda quase tudo sim.

Dependendo da variação de preços, uma grande empresa de commodities sai de um resultado trimestral na casa de bilhões de prejuízo, para bilhões em lucros. 

Tirei esse parágrafo de uma reportagem do início de 2016 no G1:

Quando foram aprovados os projetos de produção do pré-sal, a Petrobras considerava um preço mínimo do barril entre US$ 45 e US$ 52 (incluída a tributação) para a produção poder ser considerada economicamente viável.

É o trecho de uma matéria onde a Petrobrás se pronunciava sobre a viabilidade do pré sal naquela época, com os preços do barril entre US$30 e US$35.


E hoje estamos em torno da linha de US$60.

Agora voltando para os artigos que li nos sites gringos. Alguns mais conservadores estimam o preço do barril em 2018 na casa dos US$62. (https://www.cnbc.com/2017/12/05/goldman-raises-2018-oil-price-forecast-after-opec-deal.html). Mas alguns analistas técnicos estimam que o mercado pode testar a linha dos US$80. 

https://www.fxstreet.com/analysis/crude-oil-price-forecast-2018-rally-likely-to-continue-201712221034

Mas quais as razões para acreditar nesse aumento adicional dos preços?

Basicamente, há uma série de fatores acontecendo no mundo que podemos resumir em duas categorias: (1) a OPEC vem agindo de forma planejada para diminuir a oferta, para que os preços subam, e (2) uma soma de tensões geopolíticas ao longo do mundo, como queda da produção da Venezuela devido à crise catastrófica de sua aventura socialista, aumento da tensão entre Arábia Saudita e Irã, sanções dos EUA sobre Irã, entre outros. 

E no meu modesto entendimento, vale à pela estudar mais a fundo um retorno a ações da PETRO. Já tenho acompanhado alguns relatórios, onde vejo que eles tem trabalhado para vender ativos e diminuir a alavancagem. 

A empresa estava em um bom trend de apresentar melhores números até que no final do ano passado tivemos a notícia bomba de que terão que pagar algo como US$2,75 BI para os americanos em função de condenação na Justiça americana. 

Mas isso agora já está precificado na cotação. 

Acho que se realmente tivermos um rally dos preços do petróleo esse ano buscando algo entre US$70 e US$80 o barril, dá para fazer uma graninha com PETRO. Mas provavelmente vou fazer alguns swing trades ao invés de manter posição. Aproveitar a volatilidade que espero que ocorra com a soma do "fator eleições". 

Sei que a reputação da PETRO está bem manchada por tudo que o PT fez lá dentro. Mas eles já saíram do poder, e a companhia vem trabalhando silenciosamente em seu turnaround liderada por um CEO tarimbado do mercado. 

Mas é claro que por ter controle estatal ainda está sujeita aos desmandos e interferências do governo.

Ao final, depende de cada um julgar se vale à pena correr o risco. 

Eu pretendo pelo menos analisar o case mais a fundo. 

Bom pessoal, por hoje é só. 

Pretendo esse ano focar mais nesse tipo de análise, e discutir estratégias de investimento em geral, além de artigos sobre qualidade de vida (cultura, esporte, viagens). 

A vida é curta, então vamos focar nosso precioso tempo no que agrega valor, focando a discussão em boas idéias. 


Abraços, 

Nota: este texto não constitui recomendação de investimento.
Não tenho formação ou certificação de analista de investimentos e neste blog busco simplesmente compartilhar minhas idéias e experiências para que sirvam de reflexão e conteúdo para discussão.