quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Férias, o "Bonde do Bitcoin" e a importância de sempre buscar melhorar

Fala pessoal,

Tenho andado um pouco sumido, pois emendei um período bem turbulento no trabalho com as merecidas férias, sem parar para me dedicar ao blog nesse tempo. 

Uma de minhas metas para o próximo ano é gerenciar melhor o meu tempo, gastando menos tempo com coisas inúteis como ficar lendo notícias demais na web, de forma que possa me dedicar com mais afinco a coisas que gosto, e esse blog é uma delas. 

Em uma próxima postagem, pretendo abordar a viagem que fiz de férias, a um local do Nordeste brasileiro que me surpreendeu positivamente, pois não é destino dos mais badalados e achei excelente a relação custo-benefício. 

Agora falando um pouco do assunto do momento: o famigerado Bitcoin

Nas últimas semanas esse assunto bombou em todo lugar e finalmente atingiu a grande mídia. E aqui na Finansfera não poderia ter sido diferente, pois muitos aqui já aportavam em Bitcoins e postavam sobre a tecnologia há algum tempo. Alguns inclusive anteciparam, em muito, o atingimento da independência financeira. 

Sinceramente, com o meu parco conhecimento a respeito, não posso afirmar se é bolha, se vai subir, ou se vai cair. Acho inclusive que ninguém sabe. 

O interessante é ver tanta gente esclarecida lamentando de não ter entrado na febre do Bitcoin e surfado a alta desse ano. 

O Bitcoin estava nos seus planos para 2017? Se não estava, não esquente a cabeça se você perdeu o bonde da hipervalorização. 

Qual era o seu plano de aportes e investimentos para o ano? E o quanto você conseguiu atingir?

Acho essa reflexão muito mais importante do que se lamentar de que perdeu a oportunidade de ficar rico e tudo o mais que temos visto por aí.

No meu caso, estou bastante contente por ter batido minhas metas de evolução patrimonial esse ano, mesmo o ano tendo sido bem difícil em termos de gastos não previstos (tive altos gastos médicos em função de um tratamento caro na família). 

Então se você atingiu suas metas, comemore. Valorize todo o esforço que você colocou em sua caminhada. Todas as horas de leitura, estudo e tudo que você aprendeu. 

Se você não atingiu sua meta, reflita. A meta era factível? Ou apenas um sonho? O que poderia ter feito diferente? O que mudará em sua estratégia para 2018? 

Ter uma visão e um plano para atingí-la é infinitamente mais importante do que ter perdido uma oportunidade de enriquecer facilmente. 

Não estou de maneira alguma demonizando o Bitcoin ou quaisquer outras criptomoedas. Pelo que tenho lido, a tecnologia é sensacional e deverá ser aproveitada em muitas aplicações. 

Talvez estejamos em meio a uma mudança profunda que só entenderemos completamente no futuro, olhando para trás. 

Sobre comprar criptomoedas no futuro, pelo menos no meu caso, tenho as seguintes regras para meus investimentos: 

1) investir a maior parte em ativos que conheço bem e com risco bem conhecido;
2) investir uma pequena parte (bem pequena mesmo) em ativos de mais alto risco (máximo 5% do portfólio) - aqui entrariam tradicionalmente ações de small caps e opções. 

Se eu ver que ainda há muito potencial de valorização de criptomoedas, posso até comprar um pouco, dentro dos 5% do meu portfólio destinado a ativos de alto risco. 

E, sinceramente, mesmo que valorize mais umas dez vezes, eu não vou ficar rico com isso, pois será 10 x um valor relativamente pequeno. 

Agora, quem investe altas somas em criptomoedas, não vou julgar, mas é um risco que não aceito correr. 

Enfim, vamos celebrar nossas conquistas em 2017 e pensar no que podemos melhorar em 2018. 

Abraços


















domingo, 3 de dezembro de 2017

Fuja da “manada” neste fim de ano. Seja mais produtivo, saudável e comece a planejar seu 2018.

Você já parou para fazer uma reflexão sobre o ano que se passou e planejar o próximo ano? Ou está fazendo como a maioria da população, esperando o ano acabar para pensar em 2018?

Uma das coisas que tenho sempre em mente é tentar desafiar o pensamento convencional, sair do lugar comum, evitar entrar no “Efeito Manada”.

Lembre-se que pessoas extremamente bem sucedidas pensam e agem de maneira bem diferente da maioria, e o fazem de maneira consistente, colhendo os bons frutos no longo prazo. 

Mas, qual é o pensamento do brasileiro médio nesse mês que começa?

Pode notar no trabalho. A grande maioria dos funcionários começa a tirar o pé do acelerador, aquele clima festivo começa a tomar conta do ambiente, começam a aparecer as decorações de Natal. E isso é só o começo.


Tenho curiosidade em saber se alguém já fez alguma pesquisa séria a respeito da produtividade nas empresas brasileiras no mês de Dezembro. Imagino que deva cair bastante.

Resolvi escrever sobre esse tema porque eu senti que estava sendo levado por esse clima. Infelizmente acho que o ser humano tem uma certa inércia que o faz adaptar-se ao “comportamento médio” e a ficar na zona de conforto nas atividades que faz. E temos que lutar com muito afinco para não cair nessas armadilhas.

Então, o que podemos fazer nesse mês para não cair nas tentações? Como não ser mais um “brasileiro médio” esperando as confraternizações de fim do ano e torrando o décimo terceiro em presentes?

Ou engordando nas ceias de Natal e Ano Novo, pulando ondinhas em alguma praia superlotada, esperando que Iemanjá nos ajude a atingir a independência financeira?


Listo abaixo algumas coisas que pretendo fazer e que podem servir de dica àqueles que querem “manter a pegada” no final do ano, tanto no lado da saúde quanto no profissional ou financeiro.

1. Não espere a virada do ano para começar a planejar 2018

As empresas mais bem-sucedidas começam o seu planejamento estratégico do ano seguinte muito antes do ano acabar. Já trabalhei em empresa onde o planejamento do ano seguinte era iniciado com, no mínimo, três meses de antecedência, em relação ao final do ano de trabalho.

Então por que não fazemos isso também no nível pessoal? A dica aqui é: não espere as férias chegarem para pensar no próximo ano.


Você já começou a refletir sobre questões como: que práticas deram certo esse ano que quero reforçar em 2018? Ou quais coisas eu gostaria de deixar de fazer? São perguntar genéricas, mas servem para estimular a reflexão, em todos os aspectos da vida, como ilustrados na figura acima.  

Por exemplo: em termos de investimento, onde você acertou? O que você mudaria em sua estratégia para 2018? Talvez tenha apostado muito na renda variável e valha à pena ajustar a carteira agora.
E suas rotinas de exercícios? E aquela promessa que fez a si mesmo de perder 8 ou 10Kg? Conseguiu? Vai fazer algo diferente em 2018?

A mensagem é: não acompanhe o “timing” da manada. Saia na frente!


    2. Exercícios e saúde: não enterre todo o esforço recente exagerando nas festas.

Onde trabalho, se quiser tem praticamente um happy hour por dia nessa época do ano. Ou churrascos, encontros de final de ano, jantares. Tudo é motivo para festejar.

E o pensamento dominante é aquele: “ahh, já enfiei o pé na jaca ontem mesmo, então vou aproveitar essa semana e na próxima me controlo”.  E na outra semana começa tudo de novo, com um happy hour em plena Segunda-feira ou um churrasco na Terça.


A dica aqui é: Saiba dizer não. Ao convite e às tentações.
Tento não aceitar todos os convites. Claro que não posso virar um eremita, um bicho do mato. Em algum medida tenho que participar. Mas limito ao essencial.

E aceitando o convite, acho que não tem problema tomar uma cervejinha ou comer algo mais gorduroso. Mas não precisa encher a cara de cerveja. No meu caso, tomo o equivalente a duas long necks e paro. Depois continuo na água, suco ou refri.  O mesmo vale para a comida. Precisa comer dois ou três pratos de comida só porque tem fartura?

O importante é você estar bem no outro dia, ter a mesma disposição ao longo do dia e a mesma vontade e energia para fazer suas coisas ou malhar no horário que está acostumado.

3. Não estrague sua imagem ou reputação por uma noite

Aqui entra aquela famosa festa de final de ano. Esses dias dei uns toques a um colega que estava chegando atrasado ao trabalho com muita frequência. Disse a ele que o grupo chegou a fazer piada quando o chefe perguntou onde ele estava. Do tipo: “ah, o fulano??....não chegou na hora para variar”.

Uma boa reputação é algo que leva tempo para construir, mas pode acabar muito rápido. O pior que pode acontecer a um profissional é ficar estigmatizado de maneira negativa. Muitos não conseguem mais reverter os danos.

Então se você vai naquele festão de fim de ano, com bebida à vontade, evite a tentação de “ir com a manada”.  A galera começou a dançar funk ou axé na pista? O negócio está esquentando? Deixe os bêbados queimarem o filme. Fique longe daquela rodinha que está chamando mais atenção, onde o pessoal já está abaixando o nível das piadas.


É só uma noite. Se você ficar na sua, ninguém vai falar de você depois. Mas os que mais aprontarem, e que muitas vezes são os que mais querem aparecer, vão finalmente aparecer. Mas serão lembrados de uma forma negativa por muito tempo.


    4. Finanças: cuide bem do seu décimo terceiro ou outras rendas extra. E evite gastos excessivos.

Não jogue fora a chance de fazer um aporte significativo em seus investimentos. Sei que a tentação é grande. Para comprar aquele presente que você queria, dar uma repaginada em alguma coisa na casa. Mas pondere o essencial versus o que é somente desejo.


Não se comprometa em dar presentes caros para aqueles parentes que só encontra uma vez por ano. Fique dentro das suas possibilidades.E, na medida do possível, fuja dos amigos secretos. É um gasto a mais. Tudo bem que você ganha um presente também. Mas, na maioria das vezes é algo que você não precisava, e no final teve que gastar. E geralmente não é com pessoas próximas. 

    5. Viaje antes da “muvuca” ou vá para destinos no fluxo contrário.

No meu caso, estou abrindo mão da ceia de Natal com a família, pois vou para o Nordeste no dia 18 de Dezembro voltando no dia 25. Com isso paguei um terço dos custos de passagem e hospedagem em comparação ao feriado de Ano Novo.

No feriado de Ano Novo, se viajar, pretendo achar algum lugar em conta na montanha. Alguma cidadezinha pequena com algumas boas cachoeiras. Longe da “muvuca infernal” das praias brasileiras no final do ano.

Você trabalha o ano inteiro para pegar de seis a oito horas de trânsito parado, sob um calor infernal, em direção a uma praia?


Gosta de levar uma hora para percorrer trajetos curtos de dois a cinco quilômetros em cidades superlotadas? Gosta de aturar o funk rolando no máximo nos carros de moleques bêbados querendo chamar a atenção das meninas? (pra não falar outras coisas).



6. Lembre-se que o pagamento de férias já inclui o salário de Janeiro

E, para terminar, vai uma dica importante para quem é assalariado. A maioria, quando recebe as férias, está recebendo um valor total que deve cobrir seus gastos ao longo do mês de férias. 

E o próximo salário a ser pago será referente aos dias trabalhados em Janeiro. Dependendo da empresa, se não tiver adiantamento, a pessoa recebe só no final do mês. Além do mais, em janeiro tem todos os gastros extras típicos do começo do ano (IPTU, IPVA, etc.).



Então planeje bem seus gastos de Dezembro e Janeiro.

Bom, por hoje é só.  

Espero que essas dicas possam ajudar ou lembrar de algo que normalmente não nos preocupamos ou podemos esquecer.

Se tiver algum ponto que esqueci e que você lembre, fique à vontade para comentar.



Abraços

domingo, 12 de novembro de 2017

Brasil campeão mundial de homicídios, porte de arma e Bolsonaro 2018


Olá,

Veja esse trecho de nossa constituição tirado do website do Senado Federal:

Título V  
Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas

Capítulo III  
Da Segurança Pública

 

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

        I -  polícia federal;

        II -  polícia rodoviária federal;

        III -  polícia ferroviária federal;

        IV -  polícias civis;

        V -  polícias militares e corpos de bombeiros militares.

Hoje este post vai ser um pouco diferente.

Hoje gostaria de falar sobre Segurança pública, que tradicionalmente é dever do Estado em qualquer país civilizado.

Mas por que falar sobre segurança?

Simples. Você se sente seguro em todos os lugares que vai? Você se sente seguro ao sair de um banco? Se você mora em uma casa, nunca teve medo de alguém pular e te dar “voz de assalto”?

Só para constar, há muitos anos atrás, fui rendido por três marginais, a mão armada, em uma casa de praia, e fiquei uns 20 minutos deitado no chão com uma arma apontada para minha cabeça, enquanto os dois outros meliantes surrupiavam tudo o que consideravam de valor dentro da casa.

Já vi caras de moto serem rendidos por marginais em São Paulo, a mão armada, em plena luz do dia, em avenidas movimentadas de bairros de classe média alta.


Já presenciei até um tiroteio uma vez a plena luz do dia.

E hoje, no bairro onde moro, de classe média, o índice de assaltos em certos pontos é inacreditável. Tem lugares que ninguém mais passa a pé durante o dia.

Não vou nem citar a situação do Rio de Janeiro aqui, porque é “chover no molhado”. Sinceramente, não sei como alguém ainda pode viver naquele inferno.

No Brasil, todo mundo hoje conhece alguém que sofreu algum tipo de violência recente, nas últimas semanas, ou meses. E muitos, infelizmente conhecem pelo menos uma pessoa que conhece alguém que foi assassinado.
Ou seja, hoje vivemos uma guerra civil. Aqui está pior que a Síria ou Iraque.  E fingimos que vivemos em um país normal.

E do que adianta falarmos aqui de independência financeira, buscar a prosperidade e a riqueza, sendo que não teremos tranquilidade alguma para aproveitar essa liberdade proveniente da IF?

E por que continuamos a viver nossas vidas achando isso normal?  

Amigo, convido você a refletir um pouco. O Brasil de hoje responde por 1/10 de todos os homicídios no mundo. Porém, para cada homicídio, dezenas de crimes menores acontecem todos os dias. Homicídio é o extremo. Para cada X casos de assalto, por exemplo, em um caso o meliante vai perder a cabeça, puxar o gatilho e ceifar uma vida inocente. Isso significa que temos um quantidade inimaginável de assaltos, roubos ou “crimes menores”.

Por outro lado, temos a mentalidade esquerdista dominante na mídia, tentando fazer o povo acreditar que o bandido é vítima, e que o policial é sempre o violento, que executa o “coitadinho” sem dó.

Poderia ficar aqui o dia inteiro discutindo as razões da violência no Brasil, que muita gente graúda ganha dinheiro com o crime, que playboy que usa droga fomenta tudo isso, que em todos os níveis sociais as pessoas cometem pequenos “crimes” todos os dias, principalmente levando vantagem sobre os outros sempre que possível. Mas não sou sociólogo ou estudioso. Sou somente um cidadão do bem pensando em como não tornar as coisas ainda piores.

Mas o ponto é o seguinte: ano que vem teremos eleições.

E, a meu ver, nosso maior problema não é economia. Não é reforma da previdência. Não é como estimular a economia.

O maior problema do Brasil hoje é a Segurança Pública. É o crime. O crime sem punição. O sistema judiciário que solta aquele que a polícia prende. O sistema carcerário que é uma pós-graduação do crime.

Ainda não sabemos quem serão todos os candidatos, e não vou ficar defendendo o candidato fulano ou ciclano, mas até agora o único candidato que reconheceu que nosso problema é a Segurança é o Bolsonaro. Não estou dizendo que vou votar nele. Ainda não conheço todo o seu plano de governo.

Mas outra coisa que ele defende, e que acho primordial, é o direito do cidadão do bem de se defender. Ou seja, o direito de portar e utilizar uma arma, se for necessário. Um direito básico que nos foi tirado anos trás, para cumprir a pauta esquerdista de desarmar o povo, ponto crucial par a avançar a revolução dos “vermelhos” e implantar o comunismo sem chance de resistência armada.

 

Ainda vou esperar para ver quem serão os outros candidatos e suas pautas.

Mas a mensagem que eu queria deixar hoje é essa. Você quer viver em um país onde não se sente seguro em lugar nenhum? Onde pode ser roubado, assaltado ou assassinado, só por ter um bem de maior valor, um carro melhor, ou uma porcaria de um celular?

Então, pense bem em quem você vai votar no próximo ano. Conheça a pauta dos candidatos, cobre-os após elegê-los. Saia da passividade.

Mas qual você acha que é a prioridade hoje? A Economia? Acha mesmo que se a economia melhorar um pouco a criminalidade cai? Acha que educação é a solução? Mas quando tempo vai demorar para render frutos?

É preciso primeiro estancar a sangria. Agir de maneira firme contra a bandidagem. Não deixar que voltem para as ruas. Punir com lei mais rígidas. Ser intolerante com homicídios.

Nosso código penal esquerdista, onde o bandido é o coitadinho precisa ser revisto.

Se nós, cidadãos de bem, não fizermos nada para mudar esse país, nada vai melhorar.

Procure votar em quem pensa na segurança antes de tudo.

Abraços

domingo, 5 de novembro de 2017

Apocalipse à vista! Como se preparar para a volta do PT ao poder em 2018...




 
Fala pessoal,

 

Sei que esse título é provocativo e o post pode causar um pouco de polêmica.

Mas gostaria de tratar aqui de uma hipótese, que, no meu entendimento, começa a ficar cada vez mais plausível e seu impacto sobre os investimentos.

Sim, vou falar sobre a volta do PT ao poder na forma de seu líder máximo, o autointitulado pai dos pobres, maior expoente desse país à idolatria do “Miserabilismo”, ou seja, a cultura dos brasileiros de propagar e exagerar histórias do “pobre que deu certo”, tentando vender a ilusão de que algo extremamente raro pode ser a regra, e não a exceção.


Aliás, essa mensagem é propagada com muito afinco pela nossa maior rede de TV há muitos anos, e, a meu ver, funciona como uma espécie de anestesia social, para manter a massa votante sempre ignorante e dócil.

Difundir a idéia de que tudo vale, ou tudo é relativo, desde que seja pelo bem do povo, glamourizar a pobreza nas favelas, idolatrar esportistas e pagodeiros milionários que são o “ponto fora da curva”, como se isso fosse um caminho mais viável que o estudo e a meritocracia. Não vou listar aqui toda a cartilha de “guerra cultural socialista”, para não perder o foco do post, mas tem muito mais.

Para se ter idéia da eficácia dessas práticas, veja como a maioria das pessoas a seu redor, mesmo as mais instruídas, acham normal sair na imprensa pesquisas eleitorais que incluam um sujeito que é réu em nove processos, e inclusive já condenado em primeira instância.

Você acha que realmente isso seria possível em um país sério e decente? Que o sujeito seria ao menos listado nas pesquisas?

Mas é aí que eu chego onde queria.

O fato da maioria dos brasileiros achar tudo isso normal e achar legítima a participação desse candidato no processo eleitoral, já é um sinal de que temos um grave problema moral e ético, e que o PT pode voltar ao poder de forma muito mais fácil do que imaginamos.

E o resultado das pesquisas de intenção de voto divulgadas nas últimas semanas, somado à queda brusca no índice Ibovespa, só confirmam o que estou dizendo.  

Se tem alguém preocupado com essa situação, está assistindo passivo a tudo isso e confiando que a Justiça tratará de eliminar os supostos bandidos do processo eleitoral em 2018. Talvez estejamos anestesiados pela tendência recente de melhora da economia.

E você realmente acredita que a Justiça terá força para retirar do processo político essa criatura em particular? Você realmente acredita que as instâncias superiores da Justiça cumprirão seu papel se for necessário?

Na dúvida, para proteger meu patrimônio e investimentos, esta semana passei a trabalhar com a hipótese da reeleição quase certa desse candidato.  

Somente reforçando: acredito que este seja o cenário mais provável (com alta probabilidade de ocorrer). Obviamente que vou trabalhar também com um cenário, muito menos provável, de eleição de algum candidato de mais ao centro ou direita, ou, pelo menos, pró-mercado.  

Isso significa que não vou retirar todo o meu dinheiro do Brasil de uma vez, ou sair comprando ouro e dólar feito maluco.  

Mas antes de falar da estratégia de investimentos, ou proteção, listo aqui alguns fatos que corroboram minha hipótese da volta do líder máximo do PT ao poder:

  1. Moralmente, a maioria dos brasileiros não condena a conduta do sujeito (como já falei acima);
  2. A grande maioria de seu eleitorado chave (sobretudo no Norte-Nordeste) ainda o idolatra, em função da história do “pobre que deu certo” e também pela melhora econômica em seu governo causada pela bonança das commodities;
  3. O povo mais humilde, ou menos instruído, não associa a crise atual a seu governo e, sim, aos governos posteriores;
  4.  O discurso socialista, do estado que tudo provê, ainda tem muita penetração junto a seu eleitorado tradicional e grande parte da classe média. Repetindo esse discurso, continuará encantando o povo;
  5. A Lava Jato indica que atingiu seu teto. Não há mais força para quebrar a resistência das instituições tradicionais. Chegou em um nível que os três poderes passaram a se auto proteger.

 

Minha estratégia de proteção contra a catástrofe

Vou dividir minha estratégia de proteção em duas partes. Em primeiro lugar, como proteger o patrimônio financeiro existente. E, finalmente, como proteger minha geração de renda e aportes. Não vou falar sobre como proteger os imóveis, pois estes são de certa forma mais imunes a um colapso da economia. Perderão valor, mas não de maneira catastrófica.

 

  1. Proteção do patrimônio financeiro

Para proteger meu patrimônio, pretendo diminuir minha exposição em renda variável no Brasil. Atualmente estou com 70% do patrimônio financeiro em ações da Bovespa. Outros 30% estão em Renda Fixa.

Meu primeiro passo será abrir conta no BB Americas (o que já estou enrolando há algum tempo) e depois em uma corretora com acesso a ações e fundos nos EUA e outros países desenvolvidos.  

Após esse passo, migrar parte da alocação atual de renda variável para o exterior e outra parte pretendo colocar em um bom fundo multimercado (como o Fundo Verde), onde o gestor tem larga experiência em lidar com crises e até mesmo lucrar com elas.  

Quero manter, no máximo 25% de meu capital financeiro em ações brasileiras. Sei que para isso vou ter que girar bastante patrimônio, mas imagino perda muito maior se o pior cenário se concretizar.

Ao final, pretendo destinar 5% do portfólio para seguros-catástrofe: Opções (PUT) fora do dinheiro e Ouro. Em outro post explicarei como usar Opções do tipo “PUT” como seguro. São derivativos que podem se valorizar absurdamente em caso de queda brusca de nossa Bolsa.  

 

Imagino a seguinte distribuição final:

30% Renda Fixa (Brasil)

20% Fundo Multimercado

25% Ações Bovespa

20% Ações e/ou fundos estrangeiros (via corretora nos EUA)

2,5% Opções (puts)

2,5% Ouro

 

  1. Proteção à minhas fontes de geração de renda

Com a eventual retomada do poder pelo PT, imagino que a economia desabará novamente, investidores fugirão do Brasil e os níveis de desemprego subirão rapidamente.

(Nota: Do ponto de vista histórico, imagino que será o último grande teste do Socialismo no Brasil. Será um regime mais radical, como na Venezuela hoje, e demorará entre 10 e 20 anos para o povo “acordar” e enterrar de vez o sonho socialista, após tempos extremamente difíceis).

No meu caso, imagino que, em alguns anos, a empresa onde trabalho poderá fechar as portas, pois já não vem bem no Brasil, e acho que uma nova crise seria a “pá de cal” para eles zarparem definitivamente.

E o cenário de desemprego seria catastrófico para minha capacidade de aporte.

Hoje grande parte de minha renda vem do emprego. Outra parte do aluguel de imóveis e o restante vem de dividendos e JCP de ações.

Com relação a tentar empreender, em paralelo ao emprego, é algo que descartei por enquanto, pois não dá tempo. Realmente não sei como o povo aqui faz um monte de coisas paralelas, como projetos digitais, e-commerce, “assoviar e chupar cana ao mesmo tempo”. Eu não consegui até agora. Minha principal fonte continuará sendo a labuta diária mesmo.

Então uma alternativa que passarei a trabalhar fortemente nos próximos meses é uma recolocação de emprego no exterior, sobretudo Europa ou EUA. Minha primeira opção é tentar uma transferência na empresa atual mesmo, para a matriz na Europa. Mas já comecei a pesquisar vagas nos EUA nos últimos meses e vejo que tem bastante demanda em minha área.

Do ponto de vista estratégico, acredito que é o melhor que qualquer brasileiro que tenha a oportunidade possa fazer, face ao risco que se apresenta no médio prazo.

Fora a chance de ganhar em moeda forte, pois no caso de uma catástrofe do tipo da Venezuela, o Real se desvalorizaria absurdamente.

Sei que esse post pode parecer muito político, mas estou tentando ser pragmático.

A aventura petista já destruiu muito valor e o patrimônio de muita gente durantes treze anos, fora a horda de desempregados que ainda temos. E tudo indica que o povo não acordou e vai comprar o sonho populista novamente.

Já citei, em um post anterior, como acredito que, para ser investidor no Brasil, é necessário entender o cenário político e seus efeitos na economia.

Se você quer ganhar dinheiro, ou, mais importante, não perder, precisa começar a entender o que se passa em Brasília e suas consequências.

É isso. Falei dos meus planos. Á medida que aparecer algo concreto, vou trazer as histórias para vocês por aqui.

Como falei, estou trabalhando uma hipótese de que as coisas podem desandar no Brasil no ano que vem.

Se ocorrer, estarei protegido.
Se não ocorrer, me reposicionarei rapidamente para ganhar com o cenário alternativo, realocando em ações no Brasil.

Abraços