Salve peregrinos do milhão,
Finalmente tenho tempo de sobra para escrever aqui no blog,
e a razão é muito boa: FÉRIAS!!
É muito bom poder parar de tempos em tempos e curtir um
lugar que você sempre quis conhecer, principalmente se for um país melhor que o
Brasil atual. E desta vez escolhi bem: o
CHILE.
Cheguei de volta ao Brasil ontem, após 9 dias com a
espetacular vista da Cordilheira dos Andes a partir da capital Santiago e
contato com o simpático e educado povo local.
Em uma próxima postagem pretendo contar um pouco mais sobre
minhas experiências no Chile, pois acho que vale comparar muita coisa com nosso
pobre país.
Amigos, poupar e aportar é bom, mas uma vez ouvi de um
senhor de mais de 70 anos, que durante alguns anos foi o melhor mentor
profissional que já tive: “não deixe
para aproveitar tudo na velhice, pode ser tarde demais”.
Por isso acho que temos que encontrar um meio termo entre
aportes e aproveitar a vida. Por melhor que nos preparemos, nunca teremos a
garantia de que chegaremos lá com a mesma saúde e disposição, e até mesmo com
os entes queridos ao nosso lado.
Deixando o papo filosófico de lado, após dez dias de
inatividade, encontrei o Bovespa buscando os 66.000 pontos e a maioria de
minhas ações com valorizações expressivas acumuladas nas últimas semanas.
E como acompanho diariamente o noticiário político, isso me
deixou com uma “pulga atrás da orelha”:
será que dá para esperar mais valorização pela frente ou a queda é
iminente?
Confesso que não sei. Não sou Nostradamus, e só posso imaginar
e estimar os riscos de diferentes cenários. E pela conjuntura política dos
últimos dias, acho que vem “bomba” pela frente.
A equipe econômica, capitaneada pelo Henrique Meirelles, deu
os primeiros sinais públicos de conflito com Temer e sua turma. De um lado, Meirelles não abre mão do teto
de gastos públicos. De outro lado, o ministro do Planejamento do Temer mandou
goela abaixo a aprovação de um PDV para os “funças”, e tudo indica que é
somente uma desculpa para aumentar o teto de gastos lá na frente, pois eles já
sabem que não vão conseguir cumprir.
Isso sem falar no aumento do imposto sobre os combustíveis, reprovado pela Justiça, e único jeito que esses malditos encontraram pra fechar o rombo das contas no curto prazo, pois no país dos benefícios surreais, ninguém pode reduzir custos com os parasitas que mamam nas tetas da máquina estatal.
Isso sem falar no aumento do imposto sobre os combustíveis, reprovado pela Justiça, e único jeito que esses malditos encontraram pra fechar o rombo das contas no curto prazo, pois no país dos benefícios surreais, ninguém pode reduzir custos com os parasitas que mamam nas tetas da máquina estatal.
E até aqui só estamos considerando o dia-a-dia de um governo
Temer sem a oposição tentando derrubá-lo com novas denúncias. Se vierem à tona fatos graves em breve,
certamente o “angu vai desandar”. E sabemos que tem fila de delatores para fornecer munição para o Janot, antes que ele termine seu mandato de PGR.
Pode também não acontecer nada de grave e a Bolsa continuar subindo?
Pode!!
Mas como “cachorro picado por cobra tem medo de até de lingüiça”,
estou desfazendo algumas posições em Bolsa e me preparando para realocar.
Eu realmente estava muito acomodado, com uma alocação “violenta”
em Bolsa, aproveitando as últimas semanas de rally, e quase esquecendo que o
Brasil não é um país confiável. Ainda bem que acordei a tempo.
Hoje coloquei ordens de venda para o total de uns 35% de
minha carteira de ações. Na maioria dos casos, ainda mantenho uma posição menor
nas empresas.
Minha lógica foi diminuir a exposição em ações onde já ganhei muito e/ou não apresentam grande potencial adicional de valorização (ex: Itaú e Lojas Americanas) e naquelas onde o efeito político é maior, ou seja, estatais (ex: Banco do Brasil).
E como seguro para o caso de uma queda brusca do Bovespa, de
forma a compensar uma queda de minhas ações restantes, comprei puts (opções de
venda) de duas empresas das mais negociadas, que são instrumentos que podem ter
grande valorização neste cenário. Lembrando
que isso não é uma recomendação, pois não sou profissional financeiro
habilitado. Além do mais, opções envolvem altíssimo risco. Só estou
compartilhando minhas experiências.
Em resumo, não vou esperar a próxima tempestade chegar
para ver que a casa caiu. Estou reforçando a casa para que aguente a tormenta.
E meus próximos aportes deverão ser em ativos de menor risco
(renda fixa e quitação de um imóvel), até que a situação política esteja menos
incerta.
Abraços e até a próxima!
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