sábado, 21 de outubro de 2017

Os melhores esportes para fazer Networking




 
Fala pessoal,



Investimentos vão muito bem, obrigado, pois venho colhendo os frutos do Bull Market na Bolsa, então hoje vou deixar as Finanças de lado e falar sobre algo que pode constituir uma vantagem para a maioria dos profissionais: ter bons contatos.

Mas como é um tema muito amplo, vou falar especificamente de esportes onde tradicionalmente se faz também bastante networking e contatos profissionais.

Muitos poderão dizer que são esportes “de elite”, com custos impraticáveis para a maioria da população. Mas se você tiver condições, e, principalmente, se identificar com a modalidade, terá, além de uma atividade prazerosa, algo que pode lhe gerar bons frutos profissionais e de negócios.

Abaixo vou listar os esportes que considero os mais poderosos em termos de geração de networking, seja por experiência própria ou de conhecidos.


 1. Tênis

É o esporte que venho praticando com mais frequência nos últimos dois anos. Não pela razão profissional, mas porque aprendi há muitos anos atrás, e como tinha uma turma no trabalho querendo jogar em um dia fixo da semana, me motivou a retomar.

O tênis, além de ser um excelente trabalho aeróbico, é um jogo que envolve bastante estratégia e o lado psicológico. Estratégia, para saber explorar os pontos fracos do adversário, e a pressão psicológica é mais intensa em certos momentos do jogo, como possíveis quebras de saque (quando o adversário está prestes a ganhar o “game” que você está sacando) ou tie-breaks (sets de desempate).


Além desse lado esportivo, tradicionalmente é uma modalidade com alto número de praticantes que são executivos, empresários ou profissionais liberais, ocorrendo naturalmente muito Networking.

2. Squash


Apesar de menos famoso que seu esporte irmão de raquetes, e ter menos praticantes, o squash acaba atraindo muita gente que joga ou já jogou tênis, por uma simples razão: chove muito em nosso verão e não é possível jogar tênis com a quadra molhada.

Claro que existem os praticantes exclusivos, mas muita gente que joga tênis aproveita a oportunidade de jogar em um lugar coberto na chuva e no frio.

Falando do esporte em si. Como jogo tênis, também já pratiquei o squash. Trata-se de esporte de altíssima intensidade, que mantém sua frequência cardíaca em níveis bem elevados.  Apesar do pouco espaço, trata-se de um esporte de explosão, em função da rapidez da bolinha e, consequentemente, do jogo em si. Altíssima queima de caloria, pode chegar a 1000Kcal por hora.



Contras: não recomendado para quem está acima do peso ou já tem problemas em articulações, principalmente joelhos. Se você já teve problemas sérios no joelho, recomendo manter distância.

Quanto ao networking, eu diria que é o mesmo perfil dos praticantes de tênis.

Para se ter uma idéia, em um ano que eu praticava em São Paulo, em uma academia de Tênis e Squash, já cheguei a jogar com o presidente de uma grande empresa, que, não fosse pelo esporte, nunca teria tido a oportunidade de qualquer contato.


 3. Golfe

Esse nunca experimentei, justamente pelos altos custos envolvidos e, também, porque não considero um esporte tal como Tênis ou Squash. Acho meio parado. Respeito quem gosta e pratica, mas prefiro esportes que tenham uma certa intensidade.






Bom, esse é disparado o esporte do Networking. Diversas multinacionais no Brasil são associadas a clubes de golfe, para que seus principais executivos os frequentem.

CEOs, consultores top, empresários e playboys milionários são figurinha carimbada no golfe.

Há muitos anos atrás, conheci um cara que apesar de “classe média”, fez de tudo para aprender a jogar golfe e frequentar um clube (sempre como convidado), pois era onde ele conseguia “insider information” para operar na Bolsa. Ou seja, ele obtinha dos CEOs e empresários insights ou fatos relevantes para tentar antever e ganhar com os movimentos da Bolsa.
O custo de associar-se a um clube de golfe pode chegar a R$500.000,00 no Brasil, então considero que esse é "esporte de elite" mesmo.


4. Pescaria



Acho que por essa ninguém esperava, não é mesmo


Pesca? Mas isso não é coisa do povo do interior?




De jeito nenhum!

Há alguns anos, tive o privilégio de trabalhar bastante tempo com um consultor contratado pela empresa onde eu trabalhava, para disseminar novas técnicas de gestão.

Ele era um diretor aposentado de uma multinacional, e intercalava suas consultorias com duas pescarias de uma semana por ano, além de eventuais finais de semana.

Nessas viagens de uma semana, ele juntava uma turma de conhecidos, a maioria executivos, ex-executivos ou empresários, e partiam para destinos tradicionais da pesca, como o Mato Grosso ou Amazonas. Normalmente, passavam uma semana em uma chalana, com tudo incluso, para pescar dourados, pintados, pacus, entre outros seres dos rios.

Ele me chamou várias vezes para ir em uma dessa viagens. Mas além de não me interessar por pescaria, não é algo barato. Coisa de R$5000,00 por uma semana de viagem. Fora que todos tem seus equipamentos, e as varas de pescar de hoje em dia são muito diferentes daquelas varinhas de bambu que seu pai te deu para brincar quando era criança. São feitas por marcas tradicionais de artigos esportivos e bem caras.


Bom, provavelmente existem outros esportes onde também rola muito networking, mas esses são os que considero mais tradicionais e comentados por esta característica. Se você lembrar de algum e ache que deveria entrar na lista, fique à vontade para comentar.

A idéia não é desmerecer outros esportes, pois a escolha é algo muito pessoal, e entendo que devemos ter prazer na atividade. Mas confesso que o networking do Tênis e do Squash já me ajudou em algumas ocasiões bem importantes, e me trouxe bons frutos, inclusive uma recolocação no mercado no passado.

E você? Acha que devemos aproveitar a prática dos esportes para networking?

Abraços

domingo, 8 de outubro de 2017

A importância do FOCO na era do tempo perdido


Fala pessoal,

Algo que tem me deixado preocupado nas últimas semanas é como tenho utilizado o meu tempo e como um único fator pode afetar tremendamente nossa qualidade de vida: FOCO.

Eu estava com a sensação de que não estava dando conta de tudo que tinha que fazer ou gostaria de fazer, mesmo dando o máximo e com a ajuda de uma boa equipe.

Além de afetar o trabalho, isso acabava afetando também os outros aspectos da vida, como praticar  esportes ou eventos sociais, sugando toda minha energia.  

Ao tentar entender o problema, vi que estava caindo na tentação da abordagem MULTI-TAREFAS.
Mas o que é isso?

Sabe aquela expressão “assoviar e chupar cana ao mesmo tempo”? Fazer várias atividades ao mesmo tempo mas não fazer nenhuma? Pois é.

É o caminho mais curto para uma baixa produtividade, perda de atenção, ansiedade e preocupação.

Para tentar resolver o problema, fui ler alguns livros sobre Gestão do Tempo e também um bem legal, com um título chamativo, mas que o conteúdo é muito mais amplo do que inicialmente se pensa: “Trabalhe 4 horas por semana” do Timothy Ferriss.




Os de Gestão do Tempo são “A arte de fazer acontecer” do David Allen, que é um clássico sobre Gestão do Tempo e agora estou começando a ler “A Tríade do Tempo” do Christian Barbosa. Esse último, me foi passado alguma coisa sobre o método em um curso de Liderança que fiz há bastante tempo atrás e me lembro de pouca coisa. Vou falar dele em um outro post.

Não vou explicar os métodos aqui, nem fazer resenhas dos livros. Mas gostaria de compartilhar alguns aprendizados que acho válidos sobre o que eu li até agora nos dois primeiros e como refleti sobre a gestão do meu tempo.

No livro do Timothy Ferriss, apesar de ser muito mais sobre Independência Financeira e se livrar do emprego, há um capitulo bem bacana, dedicado basicamente à importância da gestão do tempo. Ele bate muito na tecla de como não é possível ter uma vida produtiva e evoluir seus planos e sonhos se você não fizer o seguinte:

  1. Focar somente no que é importante (isso envolve eliminar as interrupções e distrações de sua vida);
  2. Saber dizer NÃO.
  3. Fazer uma “dieta pobre de informação”.  
     
    Obviamente que ele detalha um pouco mais o método, ou seja, principalmente quanto à priorização das atividades (todos os livros de Gestão de Tempo batem muito nessa tecla). Segundo o autor, os fatores que nos fazer interromper atividades são:
     

  1. Desperdiçadores de tempo: coisas que podem ser ignoradas com pouca ou nenhuma consequência
  2. Consumidores de tempo: tarefas repetitivas ou pedidos que frequentemente interrompem coisas mais importantes que você está fazendo.
  3. Falhas de delegação de poderes: aqui é mais relacionado à burocracia. Por exemplo: precisar de autorização para fazer determinadas tarefas.

 

A grande questão aqui é a seguinte: cada vez que você interrompe uma atividade importante, o cérebro leva 45 minutos para voltar ao nível de concentração anterior e produtividade.

Por isso o autor bate muito na tecla de que devemos tomar ações sobre esses três fatores.

Para fazê-lo ele sugere algumas práticas:

- evitar ao todo custo interrupções por parte de outras pessoas. Para isso vale tudo: se trancar em uma sala para fazer algo que demande atenção, não atender ligações de quem não considere importante (pode deixar mensagens automáticas do tipo “ligo de volta quando puder”), ter dois celulares, mantendo um para quem realmente é importante, etc.

- determinar somente dois horários para ler e responder e-mails (para começar, pois ele só vê e-mails uma vez por semana). Tentar descobrir o momento que você recebe as mensagens mais importantes, se há um padrão, e ajustar seu horário de resposta.

- testar, durante dois dias, DIZER NÃO para todos os convites ou pedidos que receber (a não ser os que te fariam ser demitido). Isso serve como uma exercício para aprender a declinar.

 - se não tiver jeito e alguém lhe interromper, sempre pergunte: “Como posso te ajudar? Isso faz a pessoa ir direto ao ponto, evitando enrolação e papo furado.

- Reuniões foram feitas para decidir sobre um assunto pré-definido, não para definir o problema. Antes de atender reuniões, pedir que a pessoa lhe encaminhe os objetivos da reunião (isso inibe as pessoas de marcar as famosas “Reuniões de P@RR nenhuma: as REPONE”) e insistir para resolver o assunto via e-mail ou antes da reunião. Ás vezes, com uma conversa de alguns minutos você resolve o problema e mostra para a pessoa que não precisaria de uma reunião.

- quanto à “DIETA DA INFORMAÇÃO” ele sugere fazer um teste de uma semana sem acesso a quaisquer noticiários, portais de informação, redes sociais e outras distrações. Ao final você vai ver que seu mundo não acabou porque você se desconectou.

 - NUNCA usar a internet no trabalho para algo não relacionado a uma tarefa importante de sua lista.

- utilizar a tecnologia a seu favor: tem aplicativos muito bacanas que ajudam a capturar tudo a fazer e organizam toda informação relacionada, como o EVERNOTE. Há outros aplicativos que até te desconectam da Net por um tempo pré-determinado, para garantir que não perca o foco trabalhando offline, sendo possível reconectar somente após reiniciar o computador. Tem muito mais, esse são só os que me chamaram mais a atenção.

MAS O QUE FAZER COM O TEMPO QUE VOCÊ GANHA SEGUINDO TODAS ESSAS DICAS?

Aí que vem o ponto mais interessante. Nossa sociedade foi moldada no esquema de trabalho 5 dias por semana das 08:00 às 17:00. Quem é empregado, certamente tem uma jornada fixa, exatamente essa ou muito parecida.  Mesmo um empresário, apesar de ter flexibilidade de horários a atender, dificilmente vai operar sua empresa e vender mercadorias de madrugada.

Mas supondo que você é empregado, se você conseguir terminar suas atividades antes faz o que? Trabalha ainda mais, ganhando o mesmo?

O autor tem uma abordagem que foge do senso comum: ele nos diz que podemos usar esse tempo a nosso favor. Ou seja, não há problemas em usar para projetos pessoais, desde que o pessoal da empresa não perceba. Use para seus projetos digitais, para aqueles contatos que você está sondando para começar um negócio juntos, para construir...whatever...o tempo é seu e deve usá-lo a seu favor.  Uma saída é se você puder negociar algum tempo de home office com seu chefe.

Não vou discutir aqui a questão ética, só estou trazendo a opinião do livro e podemos discutir nos comentários do post.

Como o livro traz como premissa que todos buscam uma certa independência financeira, e principalmente de tempo, tendo como objetivo final sair do emprego para algo mais independente, ele acha válido usar meios mais “alternativos”, vamos dizer assim, para usar o tempo a seu favor.  

Agora, falando um pouco do segundo livro, o do David Allen. É sobre o famoso método GTD (Getting Things Done).  




Vou direto ao ponto. O que achei mais legal nesse livro, e que faz mais sentido pra mim, é algo que ele repete muito: você precisa tirar tudo que fica remoendo em sua cabeça, tudo que te preocupa, que acha que tem ou terá que fazer e capturar em um sistema externo de priorização e gestão das atividades. Pode ser uma planilha, um app como o EVERNOTE, ou até um caderninho de bolso.

Mas o fato é: uma vez que você “ESVAZIA A CABEÇA” sua qualidade de vida aumenta muito. A partir daí você prioriza tudo que está na lista e passa a usar algumas regrinhas, por exemplo, escolher no máximo duas ou três atividades importantes para o dia, de forma que se você as terminar, seu dia terá sido um sucesso. MAS TEM QUE SER POUCAS. A partir daí você para tudo e foca somente nelas.

O detalhe é que você tem que capturar TUDO MESMO que está na cabeça, tanto do lado profissional quanto pessoal.

E tem que se educar para não ficar pensando no que já está na lista mas não é prioridade. Depois você pensa nisso. Esvazie a cabeça mesmo.

Há duas semanas tenho usado a abordagem do GTD, e tenho que confessar: minha qualidade de vida aumentou muito!!! Meu nível de energia ao final do dia melhorou muito.

Nosso cérebro não foi feito para um esquema MULTITAREFAS, muita coisa em paralelo.

O segredo é: priorize e FAÇA UMA COISA DE CADA VEZ.

Você verá como isso muda a vida para melhor.

Bom pessoal, desculpem se me alonguei demais, são muitas dicas e não é fácil falar sobre dois ótimos livros em um post.  Isso foi uma pequena porção do que tenho lido lá. Tem muito mais coisas bacanas.

E você: como está gastando seu tempo? Com coisas que agregam valor e te ajudam a atingir seus objetivos?

Abraços

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Comprar imóvel na praia para alugar na temporada: vale à pena?


Fala galera,

Tenho pensado ultimamente em algum investimento mais conservador, para balancear melhor minha carteira, reduzindo um pouco o risco, visto que estou muito alocado em renda variável.



Uma modalidade que entrou no meu radar recentemente é a aquisição de algum imóvel na praia para ganhar com aluguéis da temporada.
Andei vendo uns apartamentos em Ubatuba, no litoral norte de SP, local que gosto muito, e onde é possível comprar um imóvel pequeno de 2 quartos, bem localizado, na faixa de R$250.000,00 a R$280.000,00.



Minhas premissas são as seguintes:

  1. Imóvel com bom acabamento (melhor que um “MRV” da vida) para que seja atrativo para um público de bom poder aquisitivo;
  2. Próximo à praia ou em boa localização no centro (em meio a bares, restaurantes, mercados, etc.);
  3. Com portaria 24 horas, mas com condomínio não muito alto (no máx. R$500,00/mês);
  4. Imóveis de 2 quartos são em tese mais fáceis de alugar, pois atendem bem tanto casais quanto famílias com até dois filhos pequenos;

Conversando com o povo local e com gente que tem imóveis para alugar naquela região, visto que já frequento a cidade há muito tempo, posso afirmar com certa confiança que, a depender da localização e da atratividade do imóvel, é possível alugar dois meses cheios no verão. Ou seja, umas 60 diárias. Lógico que isso é o “best case scenario”.

Considerando uma diária média a R$350,00, estamos falando de um faturamento bruto de R$21.000,00 somente na alta temporada.  Note que estou sendo conservador no valor da diária, pois na virada do ano e Carnaval pode facilmente chegar a R$500,00.

Incluindo outros feriados ao longo do ano e alguns finais de semana, estimo ser possível arrecadar ainda entre R$8000,00 a R$10.000,00 extras. Portando estamos falando de um faturamento anual potencial de até uns R$31.000,00.

Vamos supor que eu consiga um apartamento na faixa de R$265.000 (achei um legal por esse preço), e que preciso dele mobiliado. Como já tenho a sorte de ter a maioria da mobília que preciso em um depósito, só me faltariam eletrodomésticos e alguns itens mais funcionais.
Supondo que gaste mais R$15.000 com isso, o investimento total seria de R$265.000 + R$15.000 = R$280.000

Agora, excluindo as despesas com condomínio, IPTU, manutenções e contas:

Condomínio = 12 x 500 = R$6000,00

IPTU = R$1500,00

Água + Luz = 150 x 12 = R$1800


Provisão para Manutenção = R$100 x 12 = R$1200,00

Desta forma o faturamento líquido passa a ser:

R$ 31.000 – R$6000,00 – R$1500,00 – R$1800,00 - R$1200 = R$20.500,00


(Obs: considerando que ninguém declara aluguel de temporada no IR).

Calculando o Yield líquido temos: 20.500/280.000 = 7,3%

Nada mal. Mesmo sendo conservador no valor cobrado nas diárias. E se conseguir fechar a compra com alguém “enforcado”, dá para fechar um valor melhor na compra, melhorando o yield também. E com a crise, tem bastante gente enforcada "entregando" imóveis a preços bem atrativos.



Claro que muitos podem dizer que é melhor comprar FIIs, pois a rentabilidade seria parecida e não precisaria me preocupar com administração de contas nem correr atrás de alguém para alugar.

Mas acho que entra um pouco o lado emocional também, de ter um bem tangível ao invés de cotas, além de poder usufruir quando eu bem entender.

E aí, o que você acha dessa modalidade como investimento? Conhece alguém que já fez ou continua explorando esse nicho?


É somente uma das idéias que estou analisando e achei legal trazer aqui para discutirmos.

Abraços.