Fala pessoal,
Como vão de investimentos? Aproveitando a alta da Bolsa desde o início do ano?
Como comentei anteriormente, saí do emprego recentemente (pedi para aderir ao pacote de desligamento oferecido aos funcionários) e agora estou com bastante tempo livre para pensar no que vou fazer da vida para ganhar dinheiro.
Ainda não atingi a IF, mas eu diria que no meu nível de gastos atual, estou em uma semi-IF. Ainda preciso ganhar um tanto para cobrir a diferença que meus investimentos não pagam. E nesse meio tempo, vou queimando tranquilamente minha reserva de emergência (afinal de contas, foi feita para esses momentos mesmo).
A boa notícia é que não preciso necessariamente voltar a ter um "empregão" como tinha antes. Não preciso trabalhar em multinacional, com salário alto e cheio de benefícios. Talvez um trampo mais técnico, e um pouco mais tranquilo, e com salário fatalmente menor, seja suficiente.
Mas isso é assunto para um outro post.
Como tenho tido muito tempo livre, tenho consumido muita informação disponível online sobre investimentos, e me deparei com um caminhão de vídeos e sites sobre trading. E fiquei assustado com o tanto de "traders" ou gurus do trading, que tem a formula mágica do sucesso para ganhar dinheiro de forma rápida é fácil no mercado.
Principalmente no Youtube, você encontra diversos canais de gente que supostamente vive de trades, ou seja, compra e venda de ativos (ações ou derivativos) em períodos relativamente curtos. A famosa especulação (conforme o conceito de Benjamim Gaham em seu livro "O Investidor Inteligente"). Pode ser compra e venda no mesmo dia, o chamado Day Trade. Ou comprar um dia e vender alguns dias depois, o Swing Trade.
O interessante é que existem pouquíssimos canais sobre investir em longo prazo, comprar e manter em carteira por um longo período. Estas seriam as modalidades de Position Trade (compra e venda do ativo em períodos mais longos) ou Buy & Hold (comprar sem a intenção de vender).
E por que será que os canais de Day Trade são os mais visitados? As pessoas estão dispostas a esperar ou querem ganhos rápidos e fáceis? O que vocês acham? A resposta é bem óbvia.
Parece que a grande massa ainda acredita naquela idéia de ficar milionário na bolsa, através de especulação pesada como o "Lobo de Wall Street". Tem até um canal no Youtube chamado "Ganhando a vida adoidado". Basicamente o apresentador do canal vende a idéia de que é fácil ganhar MUITO dinheiro operando a Bolsa de casa, e paga uma de "Zé Louquinho", fazendo piada tanto quanto ganha R$25.000 em um dia, ou perde R$100.000 no outro.
Engraçado, que, além de vender a idéia (ou ilusão) de que é fácil ganhar dinheiro no Day Trade, muitos canais ainda batem na tecla de que você pode começar com pouco dinheiro.
Aí que entra o grande risco. A maioria dos canais de Day Trade, estimula as pessoas a começarem com ativos do tipo "mini", ou seja, mini contratos de dólar e índice. São mercados extremamente voláteis, e ao operar mini contratos, você pode operar bem alavancado. Com 500 reais você controla posições de 50.000 exemplo. Acontece que é muito fácil você perder os 500 reais no mesmo dia e acabar no zero.
Outro argumento que praticamente todos os "traders" trazem é de que é normal perder dinheiro em algumas operações e ganhar em outras. Que o que importa é a consistência de ganhos, ou seja, ganhar mais do que perder. Já vi alguns falarem que um desempenho de 60% de ganhos e 40% de perdas está ótimo.
Respeito quem faz e consegue ganhar dinheiro de forma consistente. Mas em minha opinião, com base nos argumentos acima, não é muito diferente de um cassino. Você tem que entrar sabendo que pode perder dinheiro, e se preparar para isso. No meu caso, odeio perder dinheiro, então acho que não teria estômago para ficar em frente de uma tela por horas, tentando acertar mais do que errar.
Nunca fiz Day Trade, mas fiz operações de Swing Trade diversas vezes. Estudei bastante análise técnica, como interpretar padrões, indicadores, em diferentes escalas de tempo. E mesmo no Swing Trade, é muito difícil entrar e sair no timing perfeito, sem acionar o stop loss algumas vezes.
Para quem é iniciante e está tentado a se aventurar nesse mundo, tanto do Day Trade quanto do Swing Trade, recomendo o Livro "Aprenda a Operar no Mercado de Ações" do Dr.Alexander Elder, que é um clássico, e a maioria dos traders profissionais já leu.
O autor, nesse livro, desmistifica muito das baboseiras que os gurus falam nesse canais de Youtube, para tentar atrair mais sardinhas para o mercado, principalmente aqueles que são bons comunicadores, com muitos seguidores, e acabam sendo de alguma forma patrocinados por corretoras. Pois, para as corretoras, quanto mais sardinhas fazendo besteira no mercado, mais dinheiro com corretagem eles ganham.
O autor explica os métodos dele, inclusive para Day Trade, seu set up operacional, mas, acima de tudo, o livro fala sobre o mindset, controle emocional e disciplina necessários para sobreviver no mercado (e ganhar algum dinheiro).
Se você não quer perder dinheiro, seguindo conselhos dos supostos gurus, estude muito, mas muito mesmo, antes de se aventurar no mercado. Gaste bastante tempo testando seus set ups, em simuladores, ou contas demo, e depois veja como sairá seu lado emocional ao usar dinheiro de verdade.
Minha intenção aqui não é demonizar o Day Trade. O que eu quis trazer aqui é mais uma crítica às promessa de dinheiro fácil, que a maioria desse canais faz.
Não é fácil tirar dinheiro do mercado. Vou repetir: não é fácil tirar dinheiro do mercado. Lembre-se disso.
Quando você está fazendo trade, basicamente alguém tem que perder para você ganhar. E geralmente quem ganha são os grandes players, ou os market makers (se você não sabe o que é isso, estude antes de se aventurar).
No meu entendimento, Day Trade é uma modalidade bem arriscada, mas válida, portanto, você deve se preparar de acordo. Tem que estudar muito, e treinar muito, antes de ter alguma chance de ganhos (ou ganhar mais do que perder).
O ideal seria arriscar muito pouco de sua carteira nesse tipo de atividade de especulação. Eu não usaria mais do que 5% da carteira, como "capital alocado a risco" (ou a trades mais curtos). Tem que ser algo que você está disposto a perder, mas vai fazer de tudo para ganhar, e se der certo, vai dar uma turbinada no rendimento geral da carteira.
Bom, essa é minha modesta opinião? E você? Acha que dá para viver de trade?
Abraços
Samurai Financeiro
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
De volta às postagens, vida nova e a importância do desapego...
Salve pessoal,
Espero que estejam todos bem. Nos últimos meses parei de postar, pois estava bem desanimado e não tinha inspiração para vir aqui e escrever. Muita coisa mudou na minha vida nesse meio tempo, inclusive emprego e até a cidade onde moro. Então acho que isso me tirou um pouco do rumo.
Após vários "facões" na empresa, vi que o cerco estava se apertando e que poderia "rodar". Desta forma, antes que acontecesse o pior, optei por fazer um acordo e pegar o famoso PDV (plano de demissão voluntária).
Foi uma decisão difícil, pois eu não acreditava totalmente que poderia ser demitido, dado meu histórico de bom desempenho, mas acabei priorizando o aspecto de saúde (física e mental) sobre o financeiro. De um lado eu estava completamente desgastado, inclusive cheguei a ficar doente, com a famosa síndrome do burnout. Para se ter uma idéia, cheguei a ficar três noites seguidas sem dormir. (É impressionante o quanto pessoas colocadas no "modo-sobrevivência" podem prejudicar umas às outras). Por outro lado, vi que no PDV pegaria uma grana razoável. Só de extras (além de rescisão e FGTS, que pretendo não gastar) entrou uma grana que me permite viver por um ano, em modo mais frugal do que estava acostumado.
E, ao contrário dos casos catastróficos que são mostrados na mídia, de gente desempregada há mais de dois anos, não imagino que terei tanta dificuldade para achar outro emprego, baseado em meu currículo e contatos. Além do mais, agora estou morando com a Sra.Samurai em uma cidade maior onde ela terá muito mais facilidade para achar emprego em sua área. Então serão dois remando o barco. E nem sei se quero voltar para o mercado tão cedo.
Nós, de classe média (a maioria aqui, acredito), somos educados para acreditar que as coisas na vida são sempre uma crescente. Estude mais e tenha mais chances. Esforçe-se mais que os outros, seja promovido e ganhe mais. Principalmente aqueles que buscam carreiras tradicionais e optam por trabalhar para os outros. Em nossas cabeças, o modelo de crescimento predominante é linear. Passo a passo. Degrau a degrau. Não existem saltos ou descontinuidades no caminho.
Acontece que, quanto mais você vai progredindo nas organizações, a competição fica mais atroz, e até desumana. É matar ou morrer. E geralmente quem ganha é quem cultiva mais fortemente essa mentalidade na cabeça: de que deve estar sempre progredindo, indo para frente (ou para cima), custe o que custar.
No meu caso, progredi até que bem. Mas chegou num ponto que os questionamentos nunca saíam da minha cabeça: "até onde vale a pena continuar nessa corrida dos ratos"? "Estou ficando velho e não estou aproveitando a vida". Será que o modelo correto é se matar de trabalhar, envelhecer 10 anos em dois, ficar careca e diabético aos 30, obeso e com pressão alta aos 40 , para curtir a vida só no dia da independência financeira? Obviamente exagerei no exemplo, mas todo mundo conhece alguém assim, não é mesmo?
O bem mais precioso que existe nessa vida, depois da saúde, é o tempo. Estou aproveitando esse tempo "livre" (da corrida dos ratos) para reprogramar minha vida, cuidar da saúde (malhando muito, resolvendo todas as pendências médicas), dos relacionamentos, e aprender coisas novas.
Outra coisa que tenho praticado é o tal do desapego. Como mudei para um apartamento menor, tive que me desfazer de muita coisa. E é impressionante o tanto de tranqueiras que eu tinha acumulado. Só de livros, devo ter doado uns 100 para um sebo. Fora móveis e utensílios, que você acha que tem algum valor, mas vai ver na OLX e mal pagam cem reais. No fim, a maioria foi tudo doado mesmo. E é muito bom ver a casa mais espaçosa sem coisas desnecessárias. Estou pensando, inclusive, em me desfazer do carro, e testar o aluguel de veículo, comparando os custos.
Para finalizar, mesmo com todas essas mudanças, minha carteira financeira cresceu bastante com as verbas rescisórias mais o PDV. Mas, como falei, um tanto já está separado na reserva de emergência, para viver até que esteja trabalhando em outro lugar, ou com outra coisa. Então, se eu conseguir algo que me pague os custos fixos logo, antes de queimar muito dessa reserva, ao final do ano meu patrimônio terá dado um belo salto. Porém essa é justamente a mentalidade que quero combater. Afinal de contas, se tiver que gastar a reserva toda, foi feita para isso mesmo. Mas ainda predomina aquela mentalidade do aportador, de que o patrimônio sempre deve crescer. O tal do pensamento linear que mencionei no texto.
Abraços
Espero que estejam todos bem. Nos últimos meses parei de postar, pois estava bem desanimado e não tinha inspiração para vir aqui e escrever. Muita coisa mudou na minha vida nesse meio tempo, inclusive emprego e até a cidade onde moro. Então acho que isso me tirou um pouco do rumo.
Após vários "facões" na empresa, vi que o cerco estava se apertando e que poderia "rodar". Desta forma, antes que acontecesse o pior, optei por fazer um acordo e pegar o famoso PDV (plano de demissão voluntária).
Foi uma decisão difícil, pois eu não acreditava totalmente que poderia ser demitido, dado meu histórico de bom desempenho, mas acabei priorizando o aspecto de saúde (física e mental) sobre o financeiro. De um lado eu estava completamente desgastado, inclusive cheguei a ficar doente, com a famosa síndrome do burnout. Para se ter uma idéia, cheguei a ficar três noites seguidas sem dormir. (É impressionante o quanto pessoas colocadas no "modo-sobrevivência" podem prejudicar umas às outras). Por outro lado, vi que no PDV pegaria uma grana razoável. Só de extras (além de rescisão e FGTS, que pretendo não gastar) entrou uma grana que me permite viver por um ano, em modo mais frugal do que estava acostumado.
E, ao contrário dos casos catastróficos que são mostrados na mídia, de gente desempregada há mais de dois anos, não imagino que terei tanta dificuldade para achar outro emprego, baseado em meu currículo e contatos. Além do mais, agora estou morando com a Sra.Samurai em uma cidade maior onde ela terá muito mais facilidade para achar emprego em sua área. Então serão dois remando o barco. E nem sei se quero voltar para o mercado tão cedo.
Nós, de classe média (a maioria aqui, acredito), somos educados para acreditar que as coisas na vida são sempre uma crescente. Estude mais e tenha mais chances. Esforçe-se mais que os outros, seja promovido e ganhe mais. Principalmente aqueles que buscam carreiras tradicionais e optam por trabalhar para os outros. Em nossas cabeças, o modelo de crescimento predominante é linear. Passo a passo. Degrau a degrau. Não existem saltos ou descontinuidades no caminho.
Acontece que, quanto mais você vai progredindo nas organizações, a competição fica mais atroz, e até desumana. É matar ou morrer. E geralmente quem ganha é quem cultiva mais fortemente essa mentalidade na cabeça: de que deve estar sempre progredindo, indo para frente (ou para cima), custe o que custar.
No meu caso, progredi até que bem. Mas chegou num ponto que os questionamentos nunca saíam da minha cabeça: "até onde vale a pena continuar nessa corrida dos ratos"? "Estou ficando velho e não estou aproveitando a vida". Será que o modelo correto é se matar de trabalhar, envelhecer 10 anos em dois, ficar careca e diabético aos 30, obeso e com pressão alta aos 40 , para curtir a vida só no dia da independência financeira? Obviamente exagerei no exemplo, mas todo mundo conhece alguém assim, não é mesmo?
O bem mais precioso que existe nessa vida, depois da saúde, é o tempo. Estou aproveitando esse tempo "livre" (da corrida dos ratos) para reprogramar minha vida, cuidar da saúde (malhando muito, resolvendo todas as pendências médicas), dos relacionamentos, e aprender coisas novas.
Outra coisa que tenho praticado é o tal do desapego. Como mudei para um apartamento menor, tive que me desfazer de muita coisa. E é impressionante o tanto de tranqueiras que eu tinha acumulado. Só de livros, devo ter doado uns 100 para um sebo. Fora móveis e utensílios, que você acha que tem algum valor, mas vai ver na OLX e mal pagam cem reais. No fim, a maioria foi tudo doado mesmo. E é muito bom ver a casa mais espaçosa sem coisas desnecessárias. Estou pensando, inclusive, em me desfazer do carro, e testar o aluguel de veículo, comparando os custos.
Para finalizar, mesmo com todas essas mudanças, minha carteira financeira cresceu bastante com as verbas rescisórias mais o PDV. Mas, como falei, um tanto já está separado na reserva de emergência, para viver até que esteja trabalhando em outro lugar, ou com outra coisa. Então, se eu conseguir algo que me pague os custos fixos logo, antes de queimar muito dessa reserva, ao final do ano meu patrimônio terá dado um belo salto. Porém essa é justamente a mentalidade que quero combater. Afinal de contas, se tiver que gastar a reserva toda, foi feita para isso mesmo. Mas ainda predomina aquela mentalidade do aportador, de que o patrimônio sempre deve crescer. O tal do pensamento linear que mencionei no texto.
Abraços
domingo, 7 de outubro de 2018
Ficou caro especular com as eleições: preço das opções nas alturas e o erro de girar patromônio
Fala pessoal,
Tudo indica que o mercado financeiro comprou finalmente a idéia que o Bolsonaro pode levar a fatura. E o mais incrível é que essa semana muita gente começou a acreditar que leva no 1o turno.
Após algumas semanas com resultados de pesquisas no mínimo estranhos, o capitão começou a se distanciar do "fantoche do presidiário" de tal maneira que ficou no mínimo suspeito tudo o que havia sido divulgado antes. Pelo menos para mim.
Já escrevi em alguns posts anteriores, como eu estava aproveitando a volatilidade do período eleitoral para tentar ganhar dinheiro com trade de opções (opções de compra ou venda de ações, principalmente PETRO e VALE). Quando as opções estavam a preços atrativos, ou em condições mais normais de mercado, consegui fazer um bom dinheiro.
Como exemplo aqui, vou usar opções de PETR4. Agora que o mercado vê as chances do Bolsonaro muito maiores, opções de compra de PETR4 ficaram bem caras em relação ao custo de épocas normais. Isso significa que o mercado está bastante otimista com uma forte subida da cotação das ações de Petrobrás na próxima semana. Então, acho que todos os players do mercado estão com um viés bem otimista para a vitória do Bolsonaro em 1o turno, ou com uma forte convicção que leva no 2o turno.
Agora falando de minha carteira de investimentos no geral. Estou com muito capital empatado em um negócio com um imóvel, onde entrei para tirar 20% de lucro líquido. Já havia fechado a venda faz tempo, e recebi 40% de sinal. Mas o comprador me enrolou para pagar o resto. Inclusive tive que aceitar um carro como parte do pagamento, para não ter que esperar ainda mais. Agora vai demorar para esse pagamento virar dinheiro.
Meu plano era estar com o valor do imóvel na conta, antes do 1o turno, para reaplicar e pegar um eventual movimento de subida na Bolsa. Parece que vou perder um bom lucro adicional, por causa de um comprador em quem confiei e que não honrou o compromisso firmado inicialmente. Agora paciência. Se Bolsonaro levar a fatura, estimo que vou deixar de ganhar fácil uns R$40.000,00, devido ao capital empatado.
Aprendi de uma forma bem amarga uma das principais lições do Bastter: nunca gire patrimônio. Nesse caso girei um valor muito alto, tirando de aplicações na Bolsa, para ganhar em um negócio pontual. E deixarei de ganhar muito em outro lado. Sem falar das taxas e impostos envolvidos. Se tivesse deixado meu dinheiro quietinho em ações era só esperar a valorização.
Então fica o aprendizado.
Abraços
Tudo indica que o mercado financeiro comprou finalmente a idéia que o Bolsonaro pode levar a fatura. E o mais incrível é que essa semana muita gente começou a acreditar que leva no 1o turno.
Após algumas semanas com resultados de pesquisas no mínimo estranhos, o capitão começou a se distanciar do "fantoche do presidiário" de tal maneira que ficou no mínimo suspeito tudo o que havia sido divulgado antes. Pelo menos para mim.
Já escrevi em alguns posts anteriores, como eu estava aproveitando a volatilidade do período eleitoral para tentar ganhar dinheiro com trade de opções (opções de compra ou venda de ações, principalmente PETRO e VALE). Quando as opções estavam a preços atrativos, ou em condições mais normais de mercado, consegui fazer um bom dinheiro.
Como exemplo aqui, vou usar opções de PETR4. Agora que o mercado vê as chances do Bolsonaro muito maiores, opções de compra de PETR4 ficaram bem caras em relação ao custo de épocas normais. Isso significa que o mercado está bastante otimista com uma forte subida da cotação das ações de Petrobrás na próxima semana. Então, acho que todos os players do mercado estão com um viés bem otimista para a vitória do Bolsonaro em 1o turno, ou com uma forte convicção que leva no 2o turno.
Agora falando de minha carteira de investimentos no geral. Estou com muito capital empatado em um negócio com um imóvel, onde entrei para tirar 20% de lucro líquido. Já havia fechado a venda faz tempo, e recebi 40% de sinal. Mas o comprador me enrolou para pagar o resto. Inclusive tive que aceitar um carro como parte do pagamento, para não ter que esperar ainda mais. Agora vai demorar para esse pagamento virar dinheiro.
Meu plano era estar com o valor do imóvel na conta, antes do 1o turno, para reaplicar e pegar um eventual movimento de subida na Bolsa. Parece que vou perder um bom lucro adicional, por causa de um comprador em quem confiei e que não honrou o compromisso firmado inicialmente. Agora paciência. Se Bolsonaro levar a fatura, estimo que vou deixar de ganhar fácil uns R$40.000,00, devido ao capital empatado.
Aprendi de uma forma bem amarga uma das principais lições do Bastter: nunca gire patrimônio. Nesse caso girei um valor muito alto, tirando de aplicações na Bolsa, para ganhar em um negócio pontual. E deixarei de ganhar muito em outro lado. Sem falar das taxas e impostos envolvidos. Se tivesse deixado meu dinheiro quietinho em ações era só esperar a valorização.
Então fica o aprendizado.
Abraços
domingo, 30 de setembro de 2018
Serei feliz ao atingir a independência financeira? Reflexões sobre "Homo Deus" e a luta contra nosso cérebro primitivo
Fala pessoal,
Domingão, quase 30 graus lá fora, e logo mais vou zarpar para uma trilha próxima de onde moro, e provavelmente entrar em uma cachoeira bem gelada.
Então hoje vou deixar política e economia de lado, e trazer um tema que me veio à cabeça, ao ler um livro excelente, que ainda não terminei, mas que já recomendo sem pestanejar: "Homo Deus, Uma breve história do amanhã" do Yuval Noah Harari.
Posso fazer uma resenha após terminar o livro, e contar um pouco mais para vocês, mas ao ler um dos capítulos, me veio um forte insight que tem a ver com a relação direta entre nossa busca constante da felicidade versus a independência financeira.
No início do livro, o autor nos trás uma visão bastante interessante de como a evolução da humanidade no século 20 foi maior e mais significativa que toda a evolução anterior, porque conseguimos erradicar (ou, ao menos, controlar fortemente) os três maiores fatores que historicamente reduziam a expectativa de vida: a peste (doenças), a fome e as guerras.
Claro que sabemos que ainda existem doenças que matam muitas pessoas, existem guerras na Síria, em países africanos ou outros conflitos isolados. E ainda tem gente que morre de fome. Porém, em uma proporção infinitamente menor do que em outros tempos.
Há alguns séculos atrás, você sempre conviveria com a sensação de que, a qualquer momento, sua terra poderia ser invadida por um inimigo externo, sua família poderia morrer de fome em função de uma colheita perdida pelo frio rigoroso, ou sua família inteira poderia morrer em função de uma peste como a gripe espanhola.
Com o avanço da ciência, tudo isso está de certa forma controlado, e a expectativa de vida média das pessoas aumentou muito. Ironicamente, hoje não temos conflitos armados em larga escala, como a primeira ou segunda guerra, porque as grandes potências estão todas nuclearizadas, e um conflito dessa magnitude levaria à extinção mútua.
A partir daí, o autor traça um panorama dos próximos grandes desafios da humanidade, ou as grandes ambições, onde já existe muito investimento em pesquisa científica: a busca da imortalidade e busca da felicidade.
Já existem empresas nos EUA investindo muito para entender os mecanismos do envelhecimento, e, segundo o autor, entre os anos 2100 e 2200, acredita-se que teremos os processos de envelhecimento sob controle, ou seja, haverá possibilidade real das pessoas (ao menos aquelas que puderem pagar) de postergar o envelhecimento indefinidamente, tornando-se seres imortais.
Agora, a outra grande questão, que é o que quero tratar aqui, é a busca da felicidade.
O autor aborda a questão da felicidade sob um prisma que nunca parei para pensar. Tudo o que sentimos em termos de felicidade ou infelicidade, são sensações. Independentemente do fator externo que causou, nossa percepção de felicidade é baseada em sensações de nosso corpo.
É tudo baseado em processos bioquímicos em nosso corpo. E as duas grandes forças que regem tudo isso são as necessidades de sobrevivência e reprodutivas. Daí que vem o grande prazer em comer um belo churrasco, ou, em última instancia, o prazer sexual ao estar com uma parceira (ou parceiro) atraente.
Mas comer, ou o ato sexual em si, são o fim, e não o meio. E a busca da felicidade não acaba quando conseguimos um prato de comida ou uma noite de sexo. O sentimento de satisfação, de ter conseguido passa, e depois de um tempo já não estamos mais satisfeitos, queremos mais.
Aí que está a cilada do nosso cérebro. Você quer fazer churrasco todo fim de semana, e não uma vez só, porque, em um nível muito básico, seu cérebro está te estimulando a buscar mais comida. Você olha para outras mulheres na rua, independentemente se é casado ou solteiro, porque seu cérebro está te estimulando a aumentar as chances de se reproduzir.
Agora, fazendo uma analogia menos básica, com eventos cotidianos. Você rala, rala no trabalho e consegue uma promoção. Por alguns dias sentirá aquele êxtase (a sensação, dos processos bioquímicos) de ter conseguido, da conquista. Mas seu cérebro, de maneira proposital, cessará essas sensações de prazer, e logo você não estará mais no mesmo nível de felicidade. Seu cérebro faz isso para você buscar mais. Aí você começará a planejar sua próxima promoção, começará a ralar novamente, por mais um momento fugaz de glória e prazer momentâneos.
Você já parou para pensar porque muitas pessoas usam drogas? Elas estão indo pelo caminho mais fácil de manipular suas sensações de prazer, estão indo direto no nível bioquímico (ao invés de ralar em um emprego para ter prazer nas conquistas, materiais ou sexuais). É aí que vem o próximo desafio da humanidade: manipular as sensações relacionadas à felicidade.
Mas então, qual foi o grande insight que tive relacionado à independência financeira?
Obviamente, que, se você traçou o objetivo X para sua independência financeira, ao alcança-la, seu cérebro não se dará por satisfeito. Ele sempre estará lá te estimulando a satisfazer seus desejos mais básicos (fome e sexo). E as sensações de felicidade serão sempre rápidas e passageiras até que o tédio prevaleça. Ou seja, a felicidade, em si, não será permanente e duradoura.
Por isso que, vemos pessoas com patrimônios de um, cinco ou dez milhões que não conseguem parar. Estão sempre fazendo algo, empreendendo, buscando outras atividades.
Acredito muito no poder da ciência, e que logo teremos algumas pilulazinhas que nos tornarão menos dependentes desses impulsos mais básicos do cérebro, e que tornarão nossa sensação de felicidade mais perene e permanente.
Mas até lá, dependemos de domar nossos impulsos mais básicos e não cair nas armadilhas de nosso cérebro primitivo.
Enquanto a ciência não avança, temos que batalhar com nosso cérebro primitivo com as armas que temos. No meu caso, algo que quero levar mais à sério é a meditação. Ainda estou aprendendo, mas parece ter o potencial de me render bons resultados em termos de autocontrole.
Algo que também me ajuda é estar em contato constante com a natureza, através de trilhas e caminhadas. Não sei exatamente o porque, mas isso parece que educa, ou constantemente lembra meu cérebro que a felicidade está muito mais no viver, no experimentar, do que no ter. Está mais na jornada do que no destino.
Abraços
Domingão, quase 30 graus lá fora, e logo mais vou zarpar para uma trilha próxima de onde moro, e provavelmente entrar em uma cachoeira bem gelada.
Então hoje vou deixar política e economia de lado, e trazer um tema que me veio à cabeça, ao ler um livro excelente, que ainda não terminei, mas que já recomendo sem pestanejar: "Homo Deus, Uma breve história do amanhã" do Yuval Noah Harari.
Posso fazer uma resenha após terminar o livro, e contar um pouco mais para vocês, mas ao ler um dos capítulos, me veio um forte insight que tem a ver com a relação direta entre nossa busca constante da felicidade versus a independência financeira.
No início do livro, o autor nos trás uma visão bastante interessante de como a evolução da humanidade no século 20 foi maior e mais significativa que toda a evolução anterior, porque conseguimos erradicar (ou, ao menos, controlar fortemente) os três maiores fatores que historicamente reduziam a expectativa de vida: a peste (doenças), a fome e as guerras.
Claro que sabemos que ainda existem doenças que matam muitas pessoas, existem guerras na Síria, em países africanos ou outros conflitos isolados. E ainda tem gente que morre de fome. Porém, em uma proporção infinitamente menor do que em outros tempos.
Há alguns séculos atrás, você sempre conviveria com a sensação de que, a qualquer momento, sua terra poderia ser invadida por um inimigo externo, sua família poderia morrer de fome em função de uma colheita perdida pelo frio rigoroso, ou sua família inteira poderia morrer em função de uma peste como a gripe espanhola.
Com o avanço da ciência, tudo isso está de certa forma controlado, e a expectativa de vida média das pessoas aumentou muito. Ironicamente, hoje não temos conflitos armados em larga escala, como a primeira ou segunda guerra, porque as grandes potências estão todas nuclearizadas, e um conflito dessa magnitude levaria à extinção mútua.
A partir daí, o autor traça um panorama dos próximos grandes desafios da humanidade, ou as grandes ambições, onde já existe muito investimento em pesquisa científica: a busca da imortalidade e busca da felicidade.
Já existem empresas nos EUA investindo muito para entender os mecanismos do envelhecimento, e, segundo o autor, entre os anos 2100 e 2200, acredita-se que teremos os processos de envelhecimento sob controle, ou seja, haverá possibilidade real das pessoas (ao menos aquelas que puderem pagar) de postergar o envelhecimento indefinidamente, tornando-se seres imortais.
Agora, a outra grande questão, que é o que quero tratar aqui, é a busca da felicidade.
O autor aborda a questão da felicidade sob um prisma que nunca parei para pensar. Tudo o que sentimos em termos de felicidade ou infelicidade, são sensações. Independentemente do fator externo que causou, nossa percepção de felicidade é baseada em sensações de nosso corpo.
É tudo baseado em processos bioquímicos em nosso corpo. E as duas grandes forças que regem tudo isso são as necessidades de sobrevivência e reprodutivas. Daí que vem o grande prazer em comer um belo churrasco, ou, em última instancia, o prazer sexual ao estar com uma parceira (ou parceiro) atraente.
Mas comer, ou o ato sexual em si, são o fim, e não o meio. E a busca da felicidade não acaba quando conseguimos um prato de comida ou uma noite de sexo. O sentimento de satisfação, de ter conseguido passa, e depois de um tempo já não estamos mais satisfeitos, queremos mais.
Aí que está a cilada do nosso cérebro. Você quer fazer churrasco todo fim de semana, e não uma vez só, porque, em um nível muito básico, seu cérebro está te estimulando a buscar mais comida. Você olha para outras mulheres na rua, independentemente se é casado ou solteiro, porque seu cérebro está te estimulando a aumentar as chances de se reproduzir.
Agora, fazendo uma analogia menos básica, com eventos cotidianos. Você rala, rala no trabalho e consegue uma promoção. Por alguns dias sentirá aquele êxtase (a sensação, dos processos bioquímicos) de ter conseguido, da conquista. Mas seu cérebro, de maneira proposital, cessará essas sensações de prazer, e logo você não estará mais no mesmo nível de felicidade. Seu cérebro faz isso para você buscar mais. Aí você começará a planejar sua próxima promoção, começará a ralar novamente, por mais um momento fugaz de glória e prazer momentâneos.
Você já parou para pensar porque muitas pessoas usam drogas? Elas estão indo pelo caminho mais fácil de manipular suas sensações de prazer, estão indo direto no nível bioquímico (ao invés de ralar em um emprego para ter prazer nas conquistas, materiais ou sexuais). É aí que vem o próximo desafio da humanidade: manipular as sensações relacionadas à felicidade.
Mas então, qual foi o grande insight que tive relacionado à independência financeira?
Obviamente, que, se você traçou o objetivo X para sua independência financeira, ao alcança-la, seu cérebro não se dará por satisfeito. Ele sempre estará lá te estimulando a satisfazer seus desejos mais básicos (fome e sexo). E as sensações de felicidade serão sempre rápidas e passageiras até que o tédio prevaleça. Ou seja, a felicidade, em si, não será permanente e duradoura.
Por isso que, vemos pessoas com patrimônios de um, cinco ou dez milhões que não conseguem parar. Estão sempre fazendo algo, empreendendo, buscando outras atividades.
Acredito muito no poder da ciência, e que logo teremos algumas pilulazinhas que nos tornarão menos dependentes desses impulsos mais básicos do cérebro, e que tornarão nossa sensação de felicidade mais perene e permanente.
Mas até lá, dependemos de domar nossos impulsos mais básicos e não cair nas armadilhas de nosso cérebro primitivo.
Enquanto a ciência não avança, temos que batalhar com nosso cérebro primitivo com as armas que temos. No meu caso, algo que quero levar mais à sério é a meditação. Ainda estou aprendendo, mas parece ter o potencial de me render bons resultados em termos de autocontrole.
Algo que também me ajuda é estar em contato constante com a natureza, através de trilhas e caminhadas. Não sei exatamente o porque, mas isso parece que educa, ou constantemente lembra meu cérebro que a felicidade está muito mais no viver, no experimentar, do que no ter. Está mais na jornada do que no destino.
Abraços
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
Todo o sistema contra Bolsonaro: uma luta desigual (e o que estou fazendo com meus investimentos)
Fala pessoal,
Às vésperas das eleições mais decisivas do Brasil nas últimas décadas, está muito difícil controlar a ansiedade. No meu caso, tomei a decisão de parar de ler informações a todo o tempo, porque estava me fazendo mal ver o tanto de Fake News e desinformação criada por gente de todo o tipo.
Mas, falando de investimentos, é como já disse aqui antes: quanto mais informações houverem indicando a volta da esquerda (Haddad, Ciro, Marina) a Bolsa cai e o Dólar sobe.
E, do outro lado, quando mais informações houverem indicando maiores chances da Direita (Bolsonaro) ou pelo menos da Centro-esquerda / esquerda moderada (Alckmin, Meirelles, Amoedo) voltar, a Bolsa sobe e o Dólar cai.
E, antes que alguém venha aqui dizer que o Amoedo é de direita, já vou me antecipando. Do ponto de vista econômico ele tem um viés liberal. Porém, sob o ponto de vista ideológico, o Partido Novo, em minha opinião, é esquerda, apoiando a Agenda 2030 da ONU, que inclui pontos como promoção do aborto e ideologia de gênero.
O mercado financeiro trabalha sempre com expectativas. Precifica tudo antecipadamente, em função de cenários mais prováveis. Então acredito que hoje o mercado interpreta uma chance um pouco maior do Bolsonaro levar a fatura. Por isso que temos a Bolsa se segurando perto dos 80.000 pontos.
Cabe ressaltar que o nível atual da Bovespa tem também a influência do preço das commodities (Petróleo e minério), que fizeram subir bem as cotações de PETRO e VALE nos últimos meses. Mas acredito que, não fosse isso, ainda assim a Bolsa estaria acima de 70.000 pontos.
Mas, agora, voltando ao título desse post, sobre o aumento das chances da Esquerda voltar. Vocês também notaram como esta se uniu desesperadamente nos últimos dias para acabar com o Bolsonaro, ou só eu estou vendo isso?
Alguns jornalistas estão dizendo que o PT despejou R$600 milhões, para que meios de comunicação, especialmente a revista VEJA, acabem com a reputação do Bolsonaro até o dia das eleições. E, concidentemente, hoje já recebi feeds da VEJA no Facebook sobre uma suposta "entrevista-bomba" da ex-mulher do Bolsonaro, acabando com ele.
Hoje, também, o ministro do STF Ricardo Lewandowski (aquele mesmo amigo da família Lula da Silva) concedeu autorização para que o presidiário dê uma entrevista de dentro da cadeia para a Folha de São Paulo. Certamente aproveitará para fazer propaganda política.
Além disso, tem toda a questão das pesquisas, que pelo menos eu tenho muita dificuldade em acreditar: como que o Haddad cresce mais de 100% de uma pesquisa para outra? Sério, alguém acha que dá para acreditar nessas pesquisas tipo Ibope e Datafolha?
O que quero dizer, meus amigos, é que, tudo está conspirando para que o Haddad leve essa eleição, o sistema todo está trabalhando para ele. Desde as instituições do próprio governo, institutos de pesquisa, até artistas, e praticamente todos os jornalistas de TV.
O "Big Money" está trabalhando para manter tudo do jeito que sempre foi nos últimos anos de alternância de poder entre PSDB e PT.
E acho que o ataque ao Bolsonaro será tão atroz, que estou começando a duvidar se a candidatura dele terá forças para lutar contra.
Então eu não ficaria surpreso se nos próximos dias, já começarem a noticiar o Haddad como líder das pesquisas, independentemente se isso for verdade ou não.
Me desculpem ficar falando de política aqui, mas repito: o que estou tentando obter aqui, é o cenário mais provável para meus investimentos.
E, no momento, acho que passa a ser de volta da Esquerda, através do Haddad e do PT.
Então, semana passada já me desfiz de alguns lotes de ações do Banco do Brasil. O racional aqui é sair fora de ações de estatais, que devem sofrer com a volta da esquerda, devido à tradicional ingerência deles nos negócios dessas empresas.
Minha estratégia agora é manter, pelo menos por enquanto, bastante dinheiro em Caixa, em um fundo DI. Para movimentos rápidos em compras de oportunidade. Pois se o PT levar a fatura, o pânico deverá trazer uma boa queda do Bovespa. E ações de empresas boas deverão ser negociadas a preços atraentes.
Fora isso, penso em aportar em algum fundo cambial, como proteção para uma subida maior do dólar.
Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos,
Abraços.
Às vésperas das eleições mais decisivas do Brasil nas últimas décadas, está muito difícil controlar a ansiedade. No meu caso, tomei a decisão de parar de ler informações a todo o tempo, porque estava me fazendo mal ver o tanto de Fake News e desinformação criada por gente de todo o tipo.
Mas, falando de investimentos, é como já disse aqui antes: quanto mais informações houverem indicando a volta da esquerda (Haddad, Ciro, Marina) a Bolsa cai e o Dólar sobe.
E, do outro lado, quando mais informações houverem indicando maiores chances da Direita (Bolsonaro) ou pelo menos da Centro-esquerda / esquerda moderada (Alckmin, Meirelles, Amoedo) voltar, a Bolsa sobe e o Dólar cai.
E, antes que alguém venha aqui dizer que o Amoedo é de direita, já vou me antecipando. Do ponto de vista econômico ele tem um viés liberal. Porém, sob o ponto de vista ideológico, o Partido Novo, em minha opinião, é esquerda, apoiando a Agenda 2030 da ONU, que inclui pontos como promoção do aborto e ideologia de gênero.
O mercado financeiro trabalha sempre com expectativas. Precifica tudo antecipadamente, em função de cenários mais prováveis. Então acredito que hoje o mercado interpreta uma chance um pouco maior do Bolsonaro levar a fatura. Por isso que temos a Bolsa se segurando perto dos 80.000 pontos.
Cabe ressaltar que o nível atual da Bovespa tem também a influência do preço das commodities (Petróleo e minério), que fizeram subir bem as cotações de PETRO e VALE nos últimos meses. Mas acredito que, não fosse isso, ainda assim a Bolsa estaria acima de 70.000 pontos.
Mas, agora, voltando ao título desse post, sobre o aumento das chances da Esquerda voltar. Vocês também notaram como esta se uniu desesperadamente nos últimos dias para acabar com o Bolsonaro, ou só eu estou vendo isso?
Alguns jornalistas estão dizendo que o PT despejou R$600 milhões, para que meios de comunicação, especialmente a revista VEJA, acabem com a reputação do Bolsonaro até o dia das eleições. E, concidentemente, hoje já recebi feeds da VEJA no Facebook sobre uma suposta "entrevista-bomba" da ex-mulher do Bolsonaro, acabando com ele.
Hoje, também, o ministro do STF Ricardo Lewandowski (aquele mesmo amigo da família Lula da Silva) concedeu autorização para que o presidiário dê uma entrevista de dentro da cadeia para a Folha de São Paulo. Certamente aproveitará para fazer propaganda política.
Além disso, tem toda a questão das pesquisas, que pelo menos eu tenho muita dificuldade em acreditar: como que o Haddad cresce mais de 100% de uma pesquisa para outra? Sério, alguém acha que dá para acreditar nessas pesquisas tipo Ibope e Datafolha?
O que quero dizer, meus amigos, é que, tudo está conspirando para que o Haddad leve essa eleição, o sistema todo está trabalhando para ele. Desde as instituições do próprio governo, institutos de pesquisa, até artistas, e praticamente todos os jornalistas de TV.
O "Big Money" está trabalhando para manter tudo do jeito que sempre foi nos últimos anos de alternância de poder entre PSDB e PT.
E acho que o ataque ao Bolsonaro será tão atroz, que estou começando a duvidar se a candidatura dele terá forças para lutar contra.
Então eu não ficaria surpreso se nos próximos dias, já começarem a noticiar o Haddad como líder das pesquisas, independentemente se isso for verdade ou não.
Me desculpem ficar falando de política aqui, mas repito: o que estou tentando obter aqui, é o cenário mais provável para meus investimentos.
E, no momento, acho que passa a ser de volta da Esquerda, através do Haddad e do PT.
Então, semana passada já me desfiz de alguns lotes de ações do Banco do Brasil. O racional aqui é sair fora de ações de estatais, que devem sofrer com a volta da esquerda, devido à tradicional ingerência deles nos negócios dessas empresas.
Minha estratégia agora é manter, pelo menos por enquanto, bastante dinheiro em Caixa, em um fundo DI. Para movimentos rápidos em compras de oportunidade. Pois se o PT levar a fatura, o pânico deverá trazer uma boa queda do Bovespa. E ações de empresas boas deverão ser negociadas a preços atraentes.
Fora isso, penso em aportar em algum fundo cambial, como proteção para uma subida maior do dólar.
Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos,
Abraços.
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
Será que você depende tanto assim do seu emprego para viver? A pressão da sociedade e da família sobre seu modo de ganhar a vida
Fala pessoal,
Hoje estou em uma fase de transição de um emprego fixo para algo mais autônomo. Não vou entrar em detalhes neste post, mas quando as coisas estiverem mais amadurecidas prometo que vou trazer mais informações para vocês.
Basicamente estou negociando minha saída da empresa, que está indo para o buraco de qualquer jeito, e estou começando a trabalhar duas frentes em paralelo no sentido de empreender. Ou seja, duas empresas distintas, com produtos distintos. Uma que vou tocar, e outra que a Sra.Samurai irá tocar junto com uma sócia. Isso é o que posso falar agora.
Mas o tema de hoje surgiu justamente nessa fase de reflexão, do que fazer da vida após deixar um emprego fixo, visto que sempre tive empregos fixos na minha vida, de trabalhar para os outros e ter o salário pingando direitinho na conta todo mês.
Como já comentei em meu último post "Uma mentira que te contaram: que o trabalho duro sempre vale à pena", no link abaixo, se você trabalha para uma empresa, sempre chega o ponto onde seu ganho já não compensa mais o tanto que você entrega para a empresa, ou, pelo menos, a grande maioria das pessoas um dia passa a ter esse sentimento.
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1725772646340235462#editor/target=post;postID=4165918651269253221;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=1;src=postname
A partir daí, as pessoas começam a pensar em alternativas, onde a principal delas é empreender. Quantas vezes você já não escutou em sua empresa alguém falar que está de saco cheio e vai sair para abrir algo? "Ahh, vou fazer um curso de cerveja e vender cervejas artesanais", "estou na área errada, o que eu gosto é de cozinhar, então vou vender brigadeiros", "paleteria está bombando, vou pegar minha rescisão e abrir uma franquia antes do próximo verão".
O problema é que a maioria fica perdendo tempo nos corredores se lamentando e sonhando, mas pouquíssimos realmente tomam a decisão e saem para empreender, ou mudar completamente de área.
Mas por que será?
Minha tese é que as pessoas ao longo do tempo criam um sentimento de dependência do emprego, que é diretamente proporcional à sensação de conforto que este trás para suas vidas, através da possibilidade de poder comprar e possuir coisas. E, em última instância, poder ostentar suas conquistas em seu círculo social, de forma contínua e crescente.
Nossa sociedade cobra demais que sigamos um certo padrão: temos que, um dia, constituir uma família, ter uma casa bacana, ter um carro bom, enfim, ter coisas. E o tempo todo, em qualquer grupo social que você participe (na empresa, no clube, na escola dos filhos) as pessoas ficam se comparando, muito mais para se auto-convencerem de que esse modelo de vida que elas seguem é o correto.
Esses dias um vizinho, com sua mulher, me convidou a ir a uma chopperia (eu e a Sra.Samurai), mas ao chegar lá havia mais um casal que ele havia convidado, com um filho pequeno.
Papo vai, papo vem, após algumas rodadas de chopp o cara me perguntou: "Vocês não tem filhos"? E eu respondi curto e grosso: "Não, não temos". E não dei nenhuma justificativa.
Aqui cabe uma observação: no passado, ao ver a cara de espanto das pessoas, de saber que já estamos juntos a um certo tempo, e não temos filhos, eu me sentia na obrigação de justificar. Hoje em dia, simplesmente mudo de assunto. Para pararem de encher o saco nas próximas vezes, estou pensando em inventar alguma história triste, que meu filho morreu de alguma forma trágica.
Acontece que bem mais para o final da noite, na hora de pagar a conta, eu vi que meu amigo e o fulano estavam no caixa pagando, mas um deles levantou o braço com copo na mão, me chamando e mostrando que haviam conseguido uma saideira. Ao chegar lá, disse que não queria tomar mais, e esse fulano inconveniente, mostrando que não havia ficado contente com minha resposta de duas horas atrás, fez o seguinte comentário (detalhe: o cara já estava um pouco bêbado):
"Cara, esse lance de vocês não terem filhos, é tipo de outro mundo....é como se vocês vivessem em outro universo..."
Tipo, o cara me chamou de ET, na cara dura mesmo. E tinha me conhecido naquela noite...
Nesse momento, meu amigo, que tem muitas habilidades sociais pois é comerciante, interveio e mudou de assunto, fazendo piadas sobre outra coisa fora do foco....aí o bêbado parou de encher o saco.
Estou dando esse exemplo para mostrar o quanto as pessoas pressionam umas às outras para se enquadrar em determinado padrão, e tentam excluir quem não se encaixa no modelo que elas consideram correto.
E isso vale para a vida como um todo, não só para a questão de ter filhos ou não. Se você tiver filhos, a mulheres começarão a comparar o que o filho da outra tem que o dela não tem, vão comparar o destino de férias de umas contra as outras. Em resumo: estarão sempre comparando o padrão de vida de umas com as outras, e que hoje é muito influenciado por redes sociais.
Mas o que isso tem a ver com dependência de emprego? TUDO.
Pensa comigo: se você aceitar o modelo mental que os outros te empurram, para guiar sua vida, fatalmente baseará suas escolhas em sempre TER mais, para não ficar para trás em relação à seu círculo social. Seu consumo sempre tenderá a aumentar, você (ou sua mulher) sempre irá gerar mais passivos (contas a pagar, dívidas), e você sempre dependerá do seu emprego.
Esse é o ciclo básico que as pessoas se auto-impõem: aceitar um modelo imposto pela sociedade baseado no consumo e no crescimento do status social, o que as fazem depender do emprego e de crescer no trabalho (aumentos, promoções).
E, infelizmente, quanto mais você se colocar dentro desse modelo, menos você enxerga outras possibilidades na sua vida. É como se você vestisse aquela proteção que temos que colocar nos cahorros, em suas cabeças, que parece um abajur, para que eles não lambam as feridas quando estão em tratamento. Nessa situação o cachorro só enxerga para frente, e fica batendo aquele negócio nas paredes e nos móveis, pois tem sua visão muito limitada.
Você simplesmente fica cego para outras oportunidades e opções de vida, além de carreira e emprego.
Mas então, COMO DEPENDER MENOS DO EMPREGO?
Acredito que, por uma lógica bem simples, a resposta está bem clara: em primeiro lugar devemos trabalhar nosso mindset, nosso modelo mental. Questionar se os valores que guiam nossas decisões não estão sendo moldados por pressões da sociedade.
E se isto está levando à criação de mais passivos desnecessários. Dívidas que, no longo prazo, irão eliminar todas as suas possibilidades de, em algum momento, ao menos pensar em fazer algo diferente da vida. Tudo que restará em sua cabeça é a necessidade do emprego.
Então, meus amigos, por que vejo minha saída do emprego atual como uma oportunidade?
Por que me preparei para isso, juntando dinheiro, aportando, e investindo de maneira inteligente. Desta forma, criei uma reserva que me permitiria parar de trabalhar por alguns anos.
Mas, obviamente, não quero ficar em casa sem fazer nada, e queimar tudo o que juntei. Mas tenho agora a possibilidade de tentar algo diferente.
Tudo isso porque, já há um bom tempo, resolvi eliminar as pressões e cobranças da sociedade e, também, dos familiares.
Fica a dica...
Abraços
Hoje estou em uma fase de transição de um emprego fixo para algo mais autônomo. Não vou entrar em detalhes neste post, mas quando as coisas estiverem mais amadurecidas prometo que vou trazer mais informações para vocês.
Basicamente estou negociando minha saída da empresa, que está indo para o buraco de qualquer jeito, e estou começando a trabalhar duas frentes em paralelo no sentido de empreender. Ou seja, duas empresas distintas, com produtos distintos. Uma que vou tocar, e outra que a Sra.Samurai irá tocar junto com uma sócia. Isso é o que posso falar agora.
Mas o tema de hoje surgiu justamente nessa fase de reflexão, do que fazer da vida após deixar um emprego fixo, visto que sempre tive empregos fixos na minha vida, de trabalhar para os outros e ter o salário pingando direitinho na conta todo mês.
Como já comentei em meu último post "Uma mentira que te contaram: que o trabalho duro sempre vale à pena", no link abaixo, se você trabalha para uma empresa, sempre chega o ponto onde seu ganho já não compensa mais o tanto que você entrega para a empresa, ou, pelo menos, a grande maioria das pessoas um dia passa a ter esse sentimento.
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=1725772646340235462#editor/target=post;postID=4165918651269253221;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=1;src=postname
A partir daí, as pessoas começam a pensar em alternativas, onde a principal delas é empreender. Quantas vezes você já não escutou em sua empresa alguém falar que está de saco cheio e vai sair para abrir algo? "Ahh, vou fazer um curso de cerveja e vender cervejas artesanais", "estou na área errada, o que eu gosto é de cozinhar, então vou vender brigadeiros", "paleteria está bombando, vou pegar minha rescisão e abrir uma franquia antes do próximo verão".
O problema é que a maioria fica perdendo tempo nos corredores se lamentando e sonhando, mas pouquíssimos realmente tomam a decisão e saem para empreender, ou mudar completamente de área.
Mas por que será?
Minha tese é que as pessoas ao longo do tempo criam um sentimento de dependência do emprego, que é diretamente proporcional à sensação de conforto que este trás para suas vidas, através da possibilidade de poder comprar e possuir coisas. E, em última instância, poder ostentar suas conquistas em seu círculo social, de forma contínua e crescente.
Nossa sociedade cobra demais que sigamos um certo padrão: temos que, um dia, constituir uma família, ter uma casa bacana, ter um carro bom, enfim, ter coisas. E o tempo todo, em qualquer grupo social que você participe (na empresa, no clube, na escola dos filhos) as pessoas ficam se comparando, muito mais para se auto-convencerem de que esse modelo de vida que elas seguem é o correto.
Esses dias um vizinho, com sua mulher, me convidou a ir a uma chopperia (eu e a Sra.Samurai), mas ao chegar lá havia mais um casal que ele havia convidado, com um filho pequeno.
Papo vai, papo vem, após algumas rodadas de chopp o cara me perguntou: "Vocês não tem filhos"? E eu respondi curto e grosso: "Não, não temos". E não dei nenhuma justificativa.
Aqui cabe uma observação: no passado, ao ver a cara de espanto das pessoas, de saber que já estamos juntos a um certo tempo, e não temos filhos, eu me sentia na obrigação de justificar. Hoje em dia, simplesmente mudo de assunto. Para pararem de encher o saco nas próximas vezes, estou pensando em inventar alguma história triste, que meu filho morreu de alguma forma trágica.
Acontece que bem mais para o final da noite, na hora de pagar a conta, eu vi que meu amigo e o fulano estavam no caixa pagando, mas um deles levantou o braço com copo na mão, me chamando e mostrando que haviam conseguido uma saideira. Ao chegar lá, disse que não queria tomar mais, e esse fulano inconveniente, mostrando que não havia ficado contente com minha resposta de duas horas atrás, fez o seguinte comentário (detalhe: o cara já estava um pouco bêbado):
"Cara, esse lance de vocês não terem filhos, é tipo de outro mundo....é como se vocês vivessem em outro universo..."
Tipo, o cara me chamou de ET, na cara dura mesmo. E tinha me conhecido naquela noite...
Nesse momento, meu amigo, que tem muitas habilidades sociais pois é comerciante, interveio e mudou de assunto, fazendo piadas sobre outra coisa fora do foco....aí o bêbado parou de encher o saco.
Estou dando esse exemplo para mostrar o quanto as pessoas pressionam umas às outras para se enquadrar em determinado padrão, e tentam excluir quem não se encaixa no modelo que elas consideram correto.
E isso vale para a vida como um todo, não só para a questão de ter filhos ou não. Se você tiver filhos, a mulheres começarão a comparar o que o filho da outra tem que o dela não tem, vão comparar o destino de férias de umas contra as outras. Em resumo: estarão sempre comparando o padrão de vida de umas com as outras, e que hoje é muito influenciado por redes sociais.
Mas o que isso tem a ver com dependência de emprego? TUDO.
Pensa comigo: se você aceitar o modelo mental que os outros te empurram, para guiar sua vida, fatalmente baseará suas escolhas em sempre TER mais, para não ficar para trás em relação à seu círculo social. Seu consumo sempre tenderá a aumentar, você (ou sua mulher) sempre irá gerar mais passivos (contas a pagar, dívidas), e você sempre dependerá do seu emprego.
Esse é o ciclo básico que as pessoas se auto-impõem: aceitar um modelo imposto pela sociedade baseado no consumo e no crescimento do status social, o que as fazem depender do emprego e de crescer no trabalho (aumentos, promoções).
E, infelizmente, quanto mais você se colocar dentro desse modelo, menos você enxerga outras possibilidades na sua vida. É como se você vestisse aquela proteção que temos que colocar nos cahorros, em suas cabeças, que parece um abajur, para que eles não lambam as feridas quando estão em tratamento. Nessa situação o cachorro só enxerga para frente, e fica batendo aquele negócio nas paredes e nos móveis, pois tem sua visão muito limitada.
Você simplesmente fica cego para outras oportunidades e opções de vida, além de carreira e emprego.
Mas então, COMO DEPENDER MENOS DO EMPREGO?
Acredito que, por uma lógica bem simples, a resposta está bem clara: em primeiro lugar devemos trabalhar nosso mindset, nosso modelo mental. Questionar se os valores que guiam nossas decisões não estão sendo moldados por pressões da sociedade.
E se isto está levando à criação de mais passivos desnecessários. Dívidas que, no longo prazo, irão eliminar todas as suas possibilidades de, em algum momento, ao menos pensar em fazer algo diferente da vida. Tudo que restará em sua cabeça é a necessidade do emprego.
Então, meus amigos, por que vejo minha saída do emprego atual como uma oportunidade?
Por que me preparei para isso, juntando dinheiro, aportando, e investindo de maneira inteligente. Desta forma, criei uma reserva que me permitiria parar de trabalhar por alguns anos.
Mas, obviamente, não quero ficar em casa sem fazer nada, e queimar tudo o que juntei. Mas tenho agora a possibilidade de tentar algo diferente.
Tudo isso porque, já há um bom tempo, resolvi eliminar as pressões e cobranças da sociedade e, também, dos familiares.
Fica a dica...
Abraços
segunda-feira, 17 de setembro de 2018
Uma mentira que te contaram: que o trabalho duro sempre vale à pena
Fala pessoal,
Esses tempos andei lendo bastante sobre os modelo mentais, que são aquelas crenças profundamente arraigadas em nossa mente e que acabam guiando nossas ações sempre dentro de certos padrões.
E um desses modelos mentais é o do trabalho duro, do esforço acima da média, e a certeza de que será recompensado no final.
Mas será que na vida real é assim mesmo?
Isso me lembra aquela foto que o pessoal do McDonalds costumava colocar nas lojas, do "funcionário do mês". Ok, eles são uma empresa americana, e os americanos sempre foram os maiores defensores da meritocracia. Tanto que lá se fala muito dos dois extremos: o self made man, aquele vizinho que todo mundo paga pau, que ficou milionário com o próprio esforço. E, do outro lado, o looser, o perdedor, aquele que não deu em nada na vida.
No livro "Pai Rico, Pai Pobre", que já faz muito tempo que li, lembro que o autor fala muito de como somos educados de maneira errada por nossos pais. Não aprendemos a ganhar dinheiro e enriquecer, mas, a trabalhar para os outros e enriquecê-los.
Notem que o autor é americano, então muitos dos problemas que ele relata acontecem também no Brasil, mas acho que não na mesma medida. Acho que na classe média americana existe uma pressão muito maior que no Brasil para que se siga um script bem definido de estudar, tirar boas notas, participar de atividades extracurriculares, e, de preferência, destacar-se em algum esporte. Tudo isso passa a ser visto como um passaporte para o sucesso no futuro. Migrando automaticamente para uma boa universidade, e fechando com chave de ouro com um bom emprego.
Mas algo que acho comum entre as duas culturas é esse lance ingênuo de acreditar que, se você se esforçar acima da média no trabalho, será recompensado de forma proporcional.
Especialmente no Brasil, conhecido no mundo todo por sua cultura de malandragem, e pelo altíssimo valor colocado nos relacionamentos, acho que isso não é a regra, e sim a exceção.
No final das contas, a história é a seguinte: se você resolver fazer o que a maioria faz, que é aprender a trabalhar para os outros, e enriquecê-los, no início de sua carreira pode ser que até seja bem recompensado pelo suor e pelas horas extra dedicadas ao seu patrão.
Isso irá funcionar bem enquanto você é jovem e estiver em cargos com baixa responsabilidade, como um assistente ou analista por exemplo. Acontece que, com o tempo, você vai querer progredir para o próximo nível, e depois, para o próximo, até que você vai perceber um dia que não está mais sendo recompensado à altura do seu esforço.
Acredite, esse dia chega para todo mundo. E não demora. Muitas vezes a pessoa nem chegou ainda a um cargo de chefia, mas já tem aquela sensação que tem que resolver muito mais buchas que antigamente, que tudo é visto como mera obrigação, e o salário já não sobre mais como antes.
Aí vem o primeiro cargo de chefia ou supervisão. A pessoa fica com o ego lá em cima, passa a ser vista de outra maneira, e invejada pelos que estão abaixo. Faz cursos de liderança, gestão de pessoas, a acredita que é o líder nato, o desenvolvedor de pessoas.
Acontece que, a partir desse ponto, ou até um pouco antes, a sua recompensa já não é mais proporcional ao que você trabalha para seu empregador.
Então no final, esse lance de subir, subir, mirar uma gerência, diretoria, e quem sabe até virar o presidente, será que vale à pena?
Eu cheguei até o nível de gerência. Mas desde quando atingi cargos mais técnicos, de nível sênior, já tinha a sensação de que estava dando muito mais do que recebia.
E hoje, como estou saindo da empresa atual, após muito tempo quero tentar o outro lado que o Kiyosaki, do Pai Rico Pai Pobre falava: colocar os outros para trabalhar para mim.
Confesso que o medo é grande, gera uma insegurança de não ter o salário caindo certinho todo mês, mas é uma janela de oportunidade única e quero tentar algo diferente uma vez na vida.
Se não der certo, o pior que pode acontecer é voltar para a "corrida dos ratos".
E você? Já chegou nesse ponto da carreira de sentir que a recompensa já não é proporcional ao tanto que você trabalha para os outros?
Abraços
Esses tempos andei lendo bastante sobre os modelo mentais, que são aquelas crenças profundamente arraigadas em nossa mente e que acabam guiando nossas ações sempre dentro de certos padrões.
E um desses modelos mentais é o do trabalho duro, do esforço acima da média, e a certeza de que será recompensado no final.
Mas será que na vida real é assim mesmo?
Isso me lembra aquela foto que o pessoal do McDonalds costumava colocar nas lojas, do "funcionário do mês". Ok, eles são uma empresa americana, e os americanos sempre foram os maiores defensores da meritocracia. Tanto que lá se fala muito dos dois extremos: o self made man, aquele vizinho que todo mundo paga pau, que ficou milionário com o próprio esforço. E, do outro lado, o looser, o perdedor, aquele que não deu em nada na vida.
No livro "Pai Rico, Pai Pobre", que já faz muito tempo que li, lembro que o autor fala muito de como somos educados de maneira errada por nossos pais. Não aprendemos a ganhar dinheiro e enriquecer, mas, a trabalhar para os outros e enriquecê-los.
Notem que o autor é americano, então muitos dos problemas que ele relata acontecem também no Brasil, mas acho que não na mesma medida. Acho que na classe média americana existe uma pressão muito maior que no Brasil para que se siga um script bem definido de estudar, tirar boas notas, participar de atividades extracurriculares, e, de preferência, destacar-se em algum esporte. Tudo isso passa a ser visto como um passaporte para o sucesso no futuro. Migrando automaticamente para uma boa universidade, e fechando com chave de ouro com um bom emprego.
Mas algo que acho comum entre as duas culturas é esse lance ingênuo de acreditar que, se você se esforçar acima da média no trabalho, será recompensado de forma proporcional.
Especialmente no Brasil, conhecido no mundo todo por sua cultura de malandragem, e pelo altíssimo valor colocado nos relacionamentos, acho que isso não é a regra, e sim a exceção.
No final das contas, a história é a seguinte: se você resolver fazer o que a maioria faz, que é aprender a trabalhar para os outros, e enriquecê-los, no início de sua carreira pode ser que até seja bem recompensado pelo suor e pelas horas extra dedicadas ao seu patrão.
Isso irá funcionar bem enquanto você é jovem e estiver em cargos com baixa responsabilidade, como um assistente ou analista por exemplo. Acontece que, com o tempo, você vai querer progredir para o próximo nível, e depois, para o próximo, até que você vai perceber um dia que não está mais sendo recompensado à altura do seu esforço.
Acredite, esse dia chega para todo mundo. E não demora. Muitas vezes a pessoa nem chegou ainda a um cargo de chefia, mas já tem aquela sensação que tem que resolver muito mais buchas que antigamente, que tudo é visto como mera obrigação, e o salário já não sobre mais como antes.
Aí vem o primeiro cargo de chefia ou supervisão. A pessoa fica com o ego lá em cima, passa a ser vista de outra maneira, e invejada pelos que estão abaixo. Faz cursos de liderança, gestão de pessoas, a acredita que é o líder nato, o desenvolvedor de pessoas.
Acontece que, a partir desse ponto, ou até um pouco antes, a sua recompensa já não é mais proporcional ao que você trabalha para seu empregador.
Então no final, esse lance de subir, subir, mirar uma gerência, diretoria, e quem sabe até virar o presidente, será que vale à pena?
Eu cheguei até o nível de gerência. Mas desde quando atingi cargos mais técnicos, de nível sênior, já tinha a sensação de que estava dando muito mais do que recebia.
E hoje, como estou saindo da empresa atual, após muito tempo quero tentar o outro lado que o Kiyosaki, do Pai Rico Pai Pobre falava: colocar os outros para trabalhar para mim.
Confesso que o medo é grande, gera uma insegurança de não ter o salário caindo certinho todo mês, mas é uma janela de oportunidade única e quero tentar algo diferente uma vez na vida.
Se não der certo, o pior que pode acontecer é voltar para a "corrida dos ratos".
E você? Já chegou nesse ponto da carreira de sentir que a recompensa já não é proporcional ao tanto que você trabalha para os outros?
Abraços
Assinar:
Postagens (Atom)